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Quatro mercados em que a blockchain ganhará força a partir de 2022

4 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

O blockchain vem impactando o mercado de diferentes maneiras e isso é só o começo de uma verdadeira revolução.

Com origem atrelada ao mercado financeiro – ao nascer com o Bitcoin – é uma tecnologia que está ganhando cada vez mais espaço por ser uma alternativa que agiliza processos, eleva a segurança dos negócios, reduz custos, amplia o alcance das empresas e as conecta com suas comunidades e com a sociedade geral de forma muito mais transparente operando em uma nova lógica econômica e social, o que chamamos de Web3.

O “Relatório de Pesquisa de Análise de Mercado Blockchain, 2021–2028” da Fortune Business Insights aponta que o tamanho do mercado global de blockchain deve atingir US$ 104,19 bilhões até 2028, exibindo um CAGR (taxa de crescimento anual composta) de 55,8% durante o período. É um segmento que tem um potencial gigantesco e que está ganhando voz e vez na realidade das pessoas e empresas que já operam na lógica da web3. 

Assim, empresas e comunidades organizadas especializadas em blockchain estão surgindo, conquistando espaço e um volume cada vez maior de recursos por meio de rodadas de investimentos, que fornecem o capital necessário para que alavanquem projetos, invistam e provoquem disrupção no mercado. Alguns segmentos da economia já vêm se beneficiando. Quatro deles merecem mais atenção, pois estão ditando tendências e aquecendo esse mercado: financeiro, ESG, NFTs e games. 

O mercado financeiro, considerado o carro-chefe, é – historicamente – o setor que mais aposta e olha para essa tecnologia. Uma das maiores transformações deve ocorrer em relação aos avanços em criptomoedas e finanças descentralizadas (DeFi).

Criptoativos estão surgindo a todo momento, trazendo novas realidades e criando novas oportunidades de crescimento de mercado – como a SushiSwap, por exemplo, que já movimenta um generoso volume de recursos.

Parte do mercado DeFi, que tem crescido e evoluído muito no último ano, ativos como esse oferecem aos investidores novas formas de obter mais lucros. 

No mercado de sustentabilidade ambiental, a blockchain tem sido providencial para apoiar empresas e pessoas na jornada ESG (sigla que significa environmental, social and corporate governance) . Foi essa tecnologia, por exemplo, que promoveu uma verdadeira revolução no mercado de crédito de carbono.

A Moss, uma startup especializada em soluções para compensação de emissões de gases de efeito estufa, lastreou o crédito de carbono em blockchain, junto com a parceira OnePercent, criando o MCO2 Token, primeiro ativo verde digital do mundo e o primeiro da América Latina listado nas maiores exchanges do mundo. 

Nessa mesma linha, vale destacar iniciativas como KlimaDAO (KLIMA), um protocolo DeFi voltado para a preservação ambiental por meio da aquisição de créditos de carbono tokenizados como ativo de sustentação do KLIMA, o token nativo do KlimaDAO.

Ele foi criado com o intuito de acelerar a valorização dos preços dos créditos de carbono no mercado incentivando a troca de créditos tokenizados por KLIMA. 

A tecnologia blockchain tem permitido também outras revoluções, que afetam a forma como empresas, marcas e produtos criam conexão com seus públicos. Os chamados tokens não fungíveis (NFTs) – códigos numéricos que funcionam como registros de propriedade de bens únicos, que podem ir de obras de arte a itens colecionáveis físicos – garantem que seu detentor seja o seu proprietário.

E os tokens são a aposta do momento para movimentar outro setor que está ganhando força: o metaverso. Nesse novo mundo os usuários podem interagir, criando vidas virtuais que terão papel tão relevante quanto a realidade física.

Marcas como Nike e Dolce & Gabbana já investem em projetos para o metaverso, vendendo produtos digitais exclusivos para os seus consumidores, criando um novo mercado.

Mas, além de memes, músicas, obras de arte digitais, NFTs também podem ser usados para a compra de bens físicos e para desbloquear experiências no relacionamento com os consumidores. Frações de imóveis, por exemplo, já estão sendo comercializadas via NFT.

É uma maneira inovadora de vender um produto, que nem sempre é acessível, mas a sua tokenização está trazendo um novo modelo de negócio para este mercado. 

Além de NFTs, o mercado de entretenimento já aplica blockchain em volume considerável nos games jogue-e-ganhe (P2E). A tendência para os próximos anos é um crescimento surpreendente e esse boom já começou.

Aqui o fator comunidade tão importante para a adoção de blockchain e para a lógica da web3 ganha espaço e força escalável entre os jogadores. Um dos sinais dessa força de mercado são empresas tradicionais já de olho em startups de games, como a Warner Music Group que fez parceria recentemente com Splinterlands. 

Blockchain – definitivamente – deixou de ser a tecnologia do futuro. Não pode mais ser encarada como tendência, mas sim como realidade que faz parte da construção de uma nova era digital, a Web3. E precisa ser encarada pelas empresas e marcas como uma ferramenta fundamental capaz de ditar as novas relações de consumo.

Sobre o autor

Vitor Ramos, Business Development na OnePercent. Apaixonado pela revolução que Blockchain está causando no mundo e estudioso do comportamento humano e arquitetura do desenvolvimento de sistemas.

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Opinião de especialistas da indústria de criptomoedas compartilhada com BeInCrypto.
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