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Publicidade para crianças no metaverso gera alerta para marcas

3 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

Os esforços de publicidade direcionados às crianças no metaverso estão chamando a atenção da organização norte-americana CARU (Children’s Advertising Review Unit). A organização emitiu novos avisos de compliance para marcas que tentam se infiltrar em espaços virtuais onde as crianças brincam.

De acordo com a vice-presidente da organização, Mamie Kresses: “Nosso aviso alerta anunciantes, marcas, influenciadores e endossantes, desenvolvedores e outros de que as Diretrizes de anúncios da CARU se aplicam a anúncios no metaverso e que a CARU aplicará estritamente suas diretrizes contra a publicidade do metaverso”.

Publicidade misturada com os jogos

A CARU diz que suas diretrizes proíbem os anunciantes de ocultar anúncios em conteúdos não publicitários direcionado a crianças no metaverso.

“A indefinição de conteúdos publicitários e não publicitários direcionados a crianças não é nova, mas as formas sofisticadas e variadas pelas quais a indefinição pode ocorrer em espaços metaversos são uma preocupação e foco especiais para a CARU. Hoje, os anúncios podem ser integrados perfeitamente em jogos interativos, entretenimento e conteúdo educacional, juntamente com a combinação de marketing de influenciadores e conteúdo gerado pelo usuário, em espaços cada vez mais conectados.”

O grupo continua dizendo que os anúncios devem ser facilmente identificáveis. Ele pede aos anunciantes que tomem cuidado extra para serem transparentes em ambientes digitais, “de olho nas vulnerabilidades especiais das crianças, para evitar publicidade enganosa, fraudulenta ou inadequada para elas”.

Técnicas dos anunciantes

A CARU sugere técnicas de design de bom senso para que as crianças saibam que o que estão vendo são propagandas. Por exemplo, use “tamanho e cor do texto, posicionamento e outras dicas visuais ou contextuais identificáveis, como as bordas ao redor ou sombras de fundo dos anúncios, o que pode aumentar substancialmente a probabilidade de as crianças reconhecerem um anúncio como um anúncio”.

A organização também chamou a atenção dos anunciantes para práticas que eles chamam de “padrões sombrios” – táticas manipuladoras para enganar as crianças para que vejam anúncios ou desejam comprar coisas.

“À medida que as marcas criam cada vez mais mundos patrocinados no metaverso, é imperativo que esses espaços, muitas vezes projetados como advergames, divulguem visivelmente às crianças em uma linguagem que elas possam entender que isso é publicidade. Além disso, muitos ambientes de metaverso, sejam patrocinados por marcas ou operados de forma independente, apresentam publicidade que está entrelaçada ao tema e conteúdo do jogo e provavelmente não será facilmente identificável para crianças como publicidade.”

Publicidade para crianças e a lei

A CARU, no entanto, não tem toda a força da lei por trás disso, mas busca a cooperação voluntária das marcas. Aqueles que violarem os acordos podem ser encaminhados a um órgão regulador federal apropriado, como a Federal Trade Commission (FTC).

Kresses diz que as marcas precisam ter certos cuidados cuidado para não serem advertidas ou encaminhas para outros órgãos reguladores, sendo os principais:

Evitar desfocar publicidade e conteúdo normal

No metaverso, os anúncios podem ser integrados perfeitamente a conteúdos educacionais, jogos interativos e entretenimento. Dessa forma, os anúncios devem ser identificados.

Influencers devem divulgar seus conteúdos publicitários

No metaverso, os influenciadores usam avatares para interagir com as crianças e promover marcas. As crianças precisam saber que existe uma relação material entre o influenciador e o anunciante em questão.

Não usar táticas de manipulação

Incorporar conteúdos de anúncios em conteúdos infantil é manipulador e não é permitido. Colocar pressão social ou emocional sobre as crianças vai contra as diretrizes da CARU.

Divulgações sobre publicidade devem ser óbvias

As marcas não podem usar manipulação, desfoque e outras técnicas enganosas de propaganda. Os anúncios precisam ser claros e adaptados ao nível de habilidades linguísticas das crianças.

Com o metaverso definido para se tornar uma parte maior de todas as nossas vidas, agora é um bom momento para estabelecer as bases para manter as crianças seguras neste ambiente.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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