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Exclusivo Projeto cria língua de sinais para Web3

4 Min.
Atualizado por Aline Fernandes

Resumo

  • Como os games podem ser uma ferramenta de impacto social é destaque no Breakout
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Pensando na inclusão da comunidade surda na web3, ao Blockdeaf criou uma língua específica de sinais para surdos se comunicarem.

O projeto 100% brasileiro encabeçado pelo CEO Alan Galeiro. Ele nasceu durante uma reunião na qual um dos presentes era surdo. Isto foi o suficiente para criar a ideia.

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Linguagem na web3 precisa unir variantes ao redor do mundo

O Brasil tem mais de 10 milhões de pessoas surdas. No mundo, a população que não ouve ultrapassa 500 milhões. E de acordo com uma projeção da OMS até 2050, haverá pelo menos 1 bilhão em todo mundo.

Assim como o idioma falado, a língua de sinais é diferente em cada país e existem mais de 100 variantes. Por exemplo, enquanto no Brasil utilizamos a LIBRAS, nos Estados Unidos utiliza-se a ASL.

Galeiro explica que mantém uma curadoria para que a língua não conflite com outras ao redor do mundo. Entre os desafios citados para fomentar o projeto, foi o de ensinar intérpretes em todo país para traduzir palestras de web3 para surdos.

“A web3 é o movimento tecnológico mais inclusivo da história recente”.

O Blockdeaf também ensina linguagens de programação Web3 de Surdo para Surdo, o que incluí ainda mais essas pessoas no ecossistema.

“Treinamos professores surdos para que eles transmitam o conhecimento para outros com a mesma condição de uma maneira mais imersiva para a comunidade. ”

A ideia é ensinar as pessoas serem protagonistas das suas próprias histórias. Não é sobre cotas ou reparação histórica e sim dar acesso para todos produzirem na web3.

“Nossa missão é iluminar as mentes excluídas do sistema financeiro tradicional sobre a importância de apropriar-se das novas ferramentas e tecnologias WEB3. É preciso dar o poder do código para as pessoas serem o que quiserem. A Web 3 permite a criação da revolução”.

Ele também criou o primeiro podcast web3 para surdos no Brasil .

O que é a BLOCKDEAF?

Nascida em 2016, a Blockdeaf é uma comunidade Web3 formada 100% por pessoas surdas com o propósito de trazer inclusão social e digital.  O projeto que começou no Brasil já está nos Estados Unidos e em breve deve ganhar espaço em outros países.

Como os games podem ser uma ferramenta de impacto social

A Blockdeaf é um braço social do Game NFT Cursed Stone, jogo na blockchain que tem como missão promover a inclusão de comunidades à margem do sistema financeiro tradicional. Ela chama a atenção dessas comunidades para a importância de apropriar-se das novas ferramentas e tecnologias da web3.

A Blockdeaf nasce para suprir a necessidade da pessoa surda de usufruir daquilo que já é comum para os ouvintes. Por se tratar de um universo onde tudo ainda é muito novo, o mundo da Blockchain e da Web3 fica ainda mais difícil para quem não escuta.

Uma excelente janela de oportunidade para a comunidade surda ingressar e se tornar protagonista na criação de uma nova economia descentralizada

A CEO Breakout, Gabriela Lilic, explica que o evento foi criado com intuito de abrir portas:

“Acreditamos que a forma mais democrática para falar de web3 é trazer a arte e a cultura, porque quando falamos de tecnologia e mercado financeiro as pessoas se assustam”.

Para nós pilares como arte e cultura é a forma mais democrática de o púbico se sentir pertencente ao ecossistema. Temos na nossa exposição desde artistas populares a nomes consolidados como NFTs de umas coleções mais famosas e caras do planeta, o BAYC.

Para o diretor da Transfero, Rodrigo Stallone, estar em um evento como o Breakout é importante para “nos conectarmos com a sociedade,  builders e projetos inovadores que também servem como exemplo para os nossos alunos da Tranfero Academy. Queremos ajudar os projetos aqui facilitarem a entrada dos seus usuários. A Transfero tem uma solução de onramp PIX para crypto que torna a experiência para o usuário muito melhor”.

“Foi um evento extremamente informativo, com pessoas com conhecimento muito bom, e eu realmente gostei. Eu sinto que ele falou bastante de várias áreas critpto com palestrantes que explicam muito bem”, diz Clarice Hatischvili.

O programa focado em educação para formar especialistas seleciona alunos e alunas de comunidades com pouco acesso a escolas e cursos mais técnicos. Todos ganham bolsa de estudo integral com subsídio financeiro, material e acesso a programas voltados para as novas tecnologias Web3 e suas diversas aplicações.

Web3 e Impacto Social

A Web3 é uma rede de dispositivos interconectados que permite a comunicação ponto a ponto e o compartilhamento de dados sem a necessidade de intermediários. Ou seja, ela é construída sobre a tecnologia blockchain, que permite transações seguras e transparentes.

O Web3 tem o potencial de criar um impacto social significativo ao capacitar indivíduos e comunidades por meio da descentralização. Ele pode permitir a inclusão financeira ao fornecer acesso a ativos e serviços digitais, especialmente para aqueles que não têm ou não têm conta bancária. O Web3 também pode ajudar a estabelecer confiança e transparência em sistemas de votação, cadeias de suprimentos e outras áreas onde a transparência é crucial.

Além disso, o Web3 pode facilitar a criação de aplicativos descentralizados (dApps) que podem ajudar a enfrentar os desafios sociais e ambientais. Por exemplo, os dApps podem ajudar a rastrear as emissões de carbono, promover práticas agrícolas sustentáveis ​​e possibilitar doações mais eficientes para esforços de socorro a desastres.

No geral, a Web3 tem o potencial de democratizar o acesso a informações, serviços e recursos e criar novas oportunidades de empoderamento social e econômico. À medida que a tecnologia continua a evoluir, é crucial garantir que seja desenvolvida de forma inclusiva e equitativa e que atenda às necessidades de todas as partes interessadas, incluindo comunidades marginalizadas.

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Aline Fernandes
Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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