Analistas dizem que o mercado de cripto deve se preparar para uma onda de desbloqueio de tokens totalizando US$ 17 bilhões até o final de abril, levantando preocupações sobre desvalorização e saturação do mercado.
Isso segue um evento recente no mercado que resultou em quase US$ 10 bilhões em liquidações longas, pressionando ainda mais a liquidez.
TGEs e saturação de mercado
O BeInCrypto relatou um evento histórico de liquidação de cripto provocado pelas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump. No entanto, o CEO da Bybit, Ben Zhou, estimou que as liquidações de cripto após as tarifas dos EUA poderiam ter sido entre US$ 8-10 bilhões, superando em muito os números relatados.
Analistas agora alertam que o mercado está cada vez mais relutante em apoiar novos ambientes de execução que carecem de propostas de valor únicas.
O mercado não pode mais absorver ambientes de execução que não agregam valo, escreveu o analista.
Enquanto citam dificuldades pós-evento de geração de tokens (TGE) entre vários projetos, essa perspectiva está alinhada com relatórios recentes que indicam a mudança de foco dos investidores de cripto de memecoins para altcoins com valor real.
Citando a Messari, uma análise recente do pesquisador de DeFi, Monk, destaca as dificuldades de desempenho de vários projetos de blockchain pós-TGE. Desde seus lançamentos de tokens, projetos como Starknet, Mode, Blast, zkSync, Scroll e Dymension experimentaram quedas acentuadas.
A exceção marcante a essa tendência é a Hyperliquid, cujo preço do token HYPE disparou 1100%. Isso destaca a raridade do sucesso em meio a um mar de cadeias em dificuldades.
Historicamente, grandes desbloqueios de tokens prejudicaram os preços. Um estudo da Keyrock Research descobriu que 90% dos desbloqueios de tokens levam a quedas de preços, já que o aumento da oferta muitas vezes supera a demanda. Além disso, quando cronogramas de aquisição liberam muitos tokens em circulação, investidores iniciais e insiders frequentemente vendem, intensificando a pressão de venda.
Arthur, fundador e CIO da Defiance Capital, reforçou essa perspectiva. Ele destaca quedas significativas no TVL (valor total bloqueado) entre a maioria dessas cadeias após seus lançamentos de tokens.
Isso indica não apenas uma demanda fraca por tokens, mas também desafios em atrair e reter usuários e liquidez, Arthur acrescentou.
Por que novas chains estão enfrentando dificuldades?
Na verdade, dados do DefiLlama mostram que projetos como Scroll e Blast viram seu TVL cair mais de 80% desde seus TGEs. A tendência mais ampla sugere que o mercado tem um excesso de oferta de espaço de bloco.
De acordo com o executivo da Defiance Capital, novas cadeias Layer 1 (L1) e Layer 2 (L2) estão tendo cada vez mais dificuldade em se diferenciar. O desafio surge à medida que redes estabelecidas como a Solana (SOL) e outras soluções L2 proeminentes continuam a prosperar.
A Singularidade Solana. A safra de 2024 de L1s e L2s foi lançada, inflacionada e despencou. TVL drenado; especulação desapareceu, e demanda zero persistente. Enquanto isso, Solana continua vencendo, observou outro usuário, DefiBanked.sol no X.
O usuário enfatizou que os fortes fundamentos da Solana permitem que ela supere cadeias mais novas. Ele citou a velocidade excepcional da SOL (tempos de bloco de 400ms) e taxas de transação ultrabaixas. Segundo o analista, outros valores em Solana incluem seu ecossistema próspero que abrange DeFi e NFTs, memecoins e ativos do mundo real (RWAs).
As dificuldades dos lançamentos recentes de blockchain revelam uma crescente intolerância à redundância. Projetos que não justificam sua existência acabam relegados à irrelevância. Enquanto isso, redes estabelecidas com forte utilidade, adoção de usuários e liquidez dominam.
Portanto, desenvolvedores e investidores devem direcionar seu foco para a inovação. Novas chains correm o risco de se tornarem apenas mais uma vítima em um espaço cada vez mais competitivo sem um caso de uso claro e convincente.
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