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Celular de Javier Milei é alvo de investigação em escândalo LIBRA na Argentina

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Escrito e editado por
Lucas Espindola

08 outubro 2025 13:57 BRT
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  • Promotor argentino ordena análise forense dos telefones do presidente Milei para investigar vínculos com promotores da memecoin LIBRA.
  • Investigadores vão recuperar dados deletados, rastrear geolocalização e buscar termos de cripto ligados a negociações internas ou golpes de saída.
  • O escândalo LIBRA desencadeou ações legais na Argentina e nos EUA após saque de US$ 100 milhões e perdas para investidores.
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Um tribunal argentino realizará uma análise judicial dos conteúdos dos dispositivos móveis de Milei para determinar se ele trocou mensagens com os promotores da memecoin LIBRA na época de seu lançamento.

A solicitação também se estende a membros-chave do gabinete e assessores próximos ao Presidente. A análise também rastreará a geolocalização dos dispositivos na época do lançamento.

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Análise de telefone mira Milei e círculo íntimo

O procurador federal Eduardo Taiano ordenou uma análise forense dos telefones do Presidente Milei para determinar a extensão de seu envolvimento no lançamento da memecoin LIBRA.

A análise visa rastrear quaisquer mensagens, fotos e documentos que o Presidente tenha trocado com os promotores da memecoin, Hayden Mark Davis, Mauricio Novelli e Manuel Terrones Godoy. Ela abrangerá o período antes, durante e após o lançamento.

A solicitação de Taiano também se estende à Secretária-Geral da Presidência, Karina Milei, e ao ex-assessor da Comissão Nacional de Valores Mobiliários, Sergio Morales.

A acusação também revisará quaisquer trocas de mensagens que Milei teve com outras pessoas implicadas no escândalo Libra. Isso inclui o cofundador da Ripio, Sebastián Serrano, o CEO da Kip Protocol, Julian Peh, o fundador da Cardano, Charles Hoskinson, e o CEO da Cube Exchange, Bartosz Lipinski.

A análise se expandirá por aplicativos de mensagens e plataformas de mídia social, incluindo Telegram, WhatsApp, X, Instagram, Facebook e LinkedIn.

O procurador também solicitou uma busca por chamadas e mensagens nas várias linhas telefônicas do Presidente, observando que ele atualmente possui treze números.

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Além das pessoas, a investigação também se concentra em temas e terminologias gerais. A análise rastreará conteúdos que incluam palavras-chave como “memecoin,” “token,” “$libra,” e “binance,” e referências a práticas financeiras inadequadas como “rug pull,” “pump and dump,” “insider,” e “sniper.”

O procurador também ordenou a geolocalização dos dispositivos dos investigados entre 12 e 19 de julho do ano passado, e de 13 a 16 de fevereiro deste ano, entre outras datas.

A análise visa determinar se os telefones tinham aplicativos de carteira virtual ou exchange como Phantom e Solflare baixados. A acusação também exige que conteúdos deletados sejam identificados e recuperados de cada dispositivo.

O “Rug Pull” e as repercussões legais globais

Em fevereiro, Milei apoiou o token LIBRA em um tweet logo após seu lançamento. A postagem fez com que a memecoin atingisse um valor de mercado de mais de 4 bilhões de dólares.

No entanto, pessoas de dentro do projeto subitamente sacaram mais de 100 milhões de dólares em lucros, o que fez o token cair em linha reta como em um rug pull. A repercussão fez com que Milei deletasse seu tweet.

Pouco depois da controvérsia, Milei negou ter promovido a memecoin, alegando que apenas a havia compartilhado. Ele posteriormente admitiu em uma entrevista que a repercussão do evento foi, em última análise, “um tapa na cara.”

Desde então, o escândalo gerou uma série de ações legais por parte dos tribunais argentinos e dos EUA.

Na Argentina, o Presidente enfrenta investigações criminais e congressuais. Nos EUA, o escritório Burwick Law entrou com uma ação civil coletiva contra Milei por perdas dos investidores.

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