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Pi Network: valor duplo gera debate após queda de 60%

3 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • A Pi Network opera em um modelo de valor duplo.
  • A extrema diferença de preço desafia a confiança e viabilidade a longo prazo.
  • Apoio da comunidade persiste citando uso de GCV em contratos inteligentes e ecossistemas locais.
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A Pi Network (PI) se destaca entre as altcoins por adotar um sistema de valor duplo. No entanto, essa característica singular também levanta questionamentos sobre sua viabilidade no longo prazo.

Apesar de a temporada das altcoins ainda não ter começado e do preço da PI nas exchanges ter caído expressivamente, a diferença entre os dois valores no sistema continua a crescer. Esse aumento na discrepância intensifica as dúvidas em torno do modelo adotado.

A comunidade de investidores, conhecida como Pioneers, reconhece a existência de dois níveis de precificação para a Pi Coin.

O primeiro é o valor interno utilizado no ecossistema da Pi Network, chamado de Valor de Consenso Global (GCV), atualmente fixado em aproximadamente US$ 314.159 — referência simbólica ao número Pi. O segundo é o valor de mercado nas exchanges, que, no momento desta reportagem, está próximo de US$ 0,60.

O modelo de valor duplo da Pi Network representa um experimento ousado. Enquanto oferece perspectivas promissoras aos entusiastas do projeto, também carrega riscos relevantes.

Segundo Mr. Spock, investidor e defensor da Pi Network, o sistema pode ser sustentável e integraria uma estratégia proposital adotada pela equipe do projeto.

“Algumas potenciais vantagens incluem:
• Confiança e consistência dos comerciantes no ecossistema
• Ambiente econômico estável para aplicativos e plataformas baseados em Pi
• Proteção contra volatilidade e manipulação de mercado.” – Mr. Spock explicou.

No entanto, ele reconhece que o sistema enfrenta desafios relevantes. A diferença expressiva entre os dois preços pode enfraquecer a confiança dos participantes. Além disso, há o risco de usuários adquirirem Pi a valores baixos nas exchanges e utilizarem esses tokens dentro do ecossistema ao valor muito mais alto do GCV, gerando distorções.

Diante desse cenário, ele sugeriu que a Equipe Central da Pi adote medidas para preservar a credibilidade do GCV. Entre as propostas estão a restrição da participação no ecossistema apenas a carteiras verificadas via KYC e a implementação de contratos inteligentes que operem com base no GCV.

Avaliação justa ou sonho distante?

Mesmo com as críticas, os Pioneers seguem defendendo o GCV. Alguns destacam que desenvolvedores já integraram esse valor de referência ao código-fonte de contratos inteligentes, disponibilizados no GitHub. Outros citam comunidades ativas na Tailândia e no Vietnã que continuam promovendo transações com base no GCV.

“Este movimento é real. Esta missão está viva por causa de todos nós. E essa liberdade? É algo pelo qual vale a pena lutar, vale cada esforço e coração que colocamos nisso.” – Lumari, uma Pioneer, disse.

Segundo dados do BeInCrypto, o preço da Pi caiu mais de 60% ao longo de maio, após uma rara aparição pública de Nicolas Kokkalis, cofundador da Pi Network.

Desempenho do Preço da Pi Network no Último Mês. Fonte: BeInCrypto

Com o preço atual nas exchanges em US$ 0,62, o GCV é mais de 500 mil vezes superior ao valor de mercado. Essa diferença extrema representa um obstáculo significativo para a sustentabilidade do modelo.

De modo geral, a viabilidade dessa estrutura depende da continuidade da confiança da comunidade. Caso mais usuários passem a negociar Pi com base no preço de mercado, o modelo de valor interno pode perder sua relevância.

Outro ponto crítico é a oferta estimada de 100 bilhões de moedas. Se aplicada a taxa do GCV, a avaliação total da rede ultrapassaria US$ 31,4 quatrilhões — valor muito acima do PIB global, atualmente em torno de US$ 100 trilhões. Apesar disso, os Pioneers seguem firmes em sua convicção.

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Lucas Espindola
Lucas escreve sobre análises sobre as principais criptomoedas do mercado. Formado na FMU, acumula experiência em empresas como Quinto Andar e Vitacon. Profissional experiente em redação de conteúdo, é especializado em gestão de reputação corporativa, marketing digital edição. Como especialista em Web3 e SEO, Lucas combina estratégias digitais inovadoras com a criação de conteúdo tradicional para ajudar empresas a aumentar sua visibilidade e credibilidade em várias plataformas.
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