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Ouro bate recorde com tarifaço em foco: Bitcoin será o próximo?

3 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • Preços do ouro atingem recorde de US$ 3.317/oz, impulsionados por tensões tarifárias, incerteza econômica e temores de desvalorização cambial.
  • Grandes bancos como o JPMorgan estão acumulando ouro nos EUA, prevendo possíveis tarifas sobre ouro importado.
  • Bitcoin permanece volátil, e analistas estão divididos sobre sua trajetória enquanto ouro atinge máximas históricas em meio a mudanças econômicas globais.
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Os preços do ouro ultrapassaram US$ 3.300 por onça, estabelecendo um recorde histórico enquanto os mercados globais enfrentam volatilidade crescente.

Esse aumento reflete a ansiedade dos investidores em relação à incerteza econômica e destaca o impacto significativo das políticas tarifárias controversas sob o governo do presidente Trump. Consequentemente, especialistas emitiram previsões conflitantes sobre como isso pode influenciar o Bitcoin.

O que está impulsionando o ouro a continuar quebrando recordes?

No momento da reportagem, o ouro ultrapassou US$ 3 mil, atingindo um pico de US$ 3.317. Isso representa um aumento de 25% desde o início do ano.

Desempenho do preço do ouro.
Desempenho do preço do ouro. Fonte: Goldprice

De acordo com um relatório do The New York Times, a guerra comercial global é a principal força por trás da contínua alta do ouro. Tarifas retaliatórias entre as principais economias estão obscurecendo as perspectivas econômicas globais.

Os EUA impuseram novas tarifas, rapidamente desencadeando contramedidas da China, União Europeia e Canadá. Em resposta, a Casa Branca intensificou ainda mais a situação.

Embora a incerteza geral e as vibrações econômicas em deterioração estejam aumentando o interesse pelo ouro, a maior parte da ação de preço do ouro está em torno da incerteza relacionada às tarifas, Helima Croft, chefe de estratégia global de commodities do RBC Capital Markets, afirmou.

Além disso, há preocupações crescentes de que as tarifas possam direcionar-se diretamente ao ouro importado. Esse medo levou ao acúmulo do minerio dentro dos Estados Unidos.

O Business Standard relatou que grandes bancos como JPMorgan Chase e HSBC estão movendo grandes quantidades de do minério de Londres para Nova York. Apenas o JPMorgan planeja transportar US$ 4 bilhões em ouro este mês.

Além da guerra tarifária, o analista macroeconômico Zerohedge apontou outro fator — a Resolução Orçamentária do Senado para o FY2025. Esta resolução permite que os EUA aumentem seu déficit orçamentário em até US$ 5,8 trilhões nos próximos dez anos. Zerohedge sugeriu que o ouro está respondendo a essa notícia.

O aumento de preço reflete temores de desvalorização da moeda devido ao aumento dos déficits.

O Goldman Sachs também aumentou sua previsão de preço do ouro para o final do ano para US$ 3.700. O banco citou uma demanda mais forte do que o esperado por parte dos bancos centrais e o aumento dos riscos de recessão.

O que os analistas estão dizendo sobre o Bitcoin enquanto o ouro atinge um novo pico?

Enquanto o ouro brilha, o Bitcoin, muitas vezes chamado de “ouro digital,” gerou opiniões mistas.

Anthony Papillano, CEO da Professional Capital Management, disse à CNBC em 15 de abril que o Bitcoin caiu cerca de 10% desde o início do ano, enquanto o minerio ganhou 20%. No entanto, ambos os ativos subiram aproximadamente 35% no último ano.

Ele também destacou razões pelas quais o Bitcoin pode em breve se valorizar como o ouro. Isso inclui os planos estratégicos do governo dos EUA para reservas de Bitcoin e a visão crescente da geração mais jovem do Bitcoin como parte de uma estratégia de investimento de longo prazo.

A história nos diz que os retornos do Bitcoin vão disparar além do ouro nos próximos meses, Papillano previu.

Apoiando essa visão, vários analistas observaram que o Bitcoin frequentemente segue o impulso ascendente do ouro com um atraso de cerca de 100 dias, especialmente durante o aumento da liquidez global. Além disso, empresas compraram mais de 95.400 BTC no primeiro trimestre de 2025, mostrando forte demanda institucional.

No entanto, nem todos concordam. O economista Peter Schiff, um crítico de longa data do Bitcoin, ofereceu uma visão contrastante. Ele afirmou que o melhor negócio agora é vender todo o Bitcoin e outras criptomoedas e investir inteiramente em ações de mineração de ouro e prata.

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Lucas Espindola
Lucas escreve sobre análises sobre as principais criptomoedas do mercado. Formado na FMU, acumula experiência em empresas como Quinto Andar e Vitacon. Profissional experiente em redação de conteúdo, é especializado em gestão de reputação corporativa, marketing digital edição. Como especialista em Web3 e SEO, Lucas combina estratégias digitais inovadoras com a criação de conteúdo tradicional para ajudar empresas a aumentar sua visibilidade e credibilidade em várias plataformas.
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