Na primeira análise da Cardano (ADA) do segundo semestre, a cripto encerrou junho com desvalorização de 16%. De fato, isso amplia a tendência de baixa que já se estende por vários meses. Apesar de anúncios relevantes durante o período, o desempenho da altcoin seguiu pressionado por saídas do mercado à vista e queda no sentimento dos investidores.
No dia 14 de junho, Charles Hoskinson, fundador da Cardano, anunciou uma futura integração da rede com o ecossistema XRP. A iniciativa busca ampliar a interoperabilidade entre cadeias e fortalecer a liquidez.
Lucro em queda reforça tendência de baixa
Em 25 de junho, a Coinbase lançou o cbADA, uma versão tokenizada da ADA compatível com sua rede Layer 2, Base. A iniciativa permite que usuários da Cardano participem de aplicações descentralizadas (dApps) do ecossistema Coinbase sem sair da rede original.
Ainda assim, a resposta do mercado foi negativa. Dados da CoinGlass indicam saídas consistentes da ADA dos mercados à vista desde fevereiro. Em junho, os resgates semanais somaram US$ 182,1 milhões, refletindo menor demanda e aumento da pressão de venda.

Informações da Santiment mostram que a proporção de oferta da ADA em lucro caiu para 45,97%, uma retração de 27% em relação ao mês anterior. Essa métrica sinaliza enfraquecimento do sentimento de alta, já que menos investidores estão em posição lucrativa, o que reduz o apetite por novas compras.

Sentimento segue cauteloso no início de julho
No gráfico diário, o Índice Elder-Ray apresenta barras negativas desde 12 de junho, indicando domínio da força vendedora. No momento da publicação, o indicador marcava -0,0204.

Caso a pressão de venda persista, o preço da ADA pode cair até US$ 0,52. Por outro lado, se os recentes avanços na rede gerarem recuperação no interesse dos investidores, o preço pode buscar a resistência de US$ 0,59. Um rompimento desse nível abriria caminho para uma valorização até US$ 0,64.
Além disso, a continuidade das saídas e a ausência de suporte técnico consistente sugerem que a ADA pode enfrentar nova pressão no curto prazo. O desempenho do ativo ao longo de julho dependerá da reação do mercado aos recentes desenvolvimentos e da capacidade de reverter a tendência atual.
Com o sentimento otimista ainda escasso no início de julho, a análise da Cardano mostra que a moeda pode enfrentar mais pressão de baixa no curto prazo.
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