A Pi Network, criada por acadêmicos de Stanford, democratiza a mineração de criptomoedas. Contudo, ainda enfrenta incertezas sobre seu modelo econômico e desafios para se firmar em um mercado competitivo.
Lançada em 2019, a moeda passou por seis anos de fase beta antes de ativar sua rede principal em 2025. Embora atraia atenção pela acessibilidade e sustentabilidade, o projeto enfrenta desafios significativos no cenário competitivo das criptomoedas.
A criptomoeda que democratiza a mineração
Para Fabiano Nagamatsu, CEO e fundador da Osten Moove, “a Pi Network é basicamente uma criptomoeda que permite que qualquer pessoa participar do processo de mineração por meio de um aplicativo”. Ele explicou que o projeto, iniciado em 2019, democratiza a mineração ao eliminar a necessidade de um hardware robusto e alto consumo energético.
Rony Szuster, head da área de Research do Mercado Bitcoin, classificou a altcoin como uma blockchain de primeira camada. Ele ainda disse que ela é comparável ao Bitcoin e a plataformas de contratos inteligentes como Ethereum, Solana, Avalanche e Cardano. Szuster ressaltou que a equipe lançou o aplicativo de mineração em 2019, mas só iniciou a operação da rede principal em 2025, após seis anos de “pseudo mineração”.
Ele também observou que o hype em torno da Pi Network vem da expectativa acumulada de anos, agora concretizada com o acesso à rede e ao ativo. Contudo, alertou para a necessidade de cautela, uma vez que as incertezas sobre a equipe responsável e o modelo econômico ainda persistem.

Essa dualidade entre inovação e desafios evidencia o cenário competitivo do mercado de criptomoedas. Nele, a busca por soluções mais acessíveis e sustentáveis se torna cada vez mais relevante. Além disso, a proposta da Pi Network, que une tecnologia, sustentabilidade e descentralização, continua a movimentar debates e atrair a atenção de investidores e entusiastas do universo digital.
Caminho controverso à frente
Szuster afirmou que “é difícil ver muito espaço para a Pi Network dentro do mercado”. Em sua análise, ele ressaltou que blockchains consolidados como Ethereum contam com comunidades maiores e uma trajetória sólida – com a Mainnet em operação há anos. Por outro lado, a moeda que permaneceu seis anos em fase beta enfrenta um espaço limitado de desenvolvimento.
Eles podem conseguir encontrar algum nicho específico, talvez em algum país ou grupo fiel, mas não parece que vai ser um ativo que vai conseguir destronar os seus concorrentes, concluiu Szuster em entrevista ao BeInCrypto.
Já Nagamatsu argumentou que “o futuro da Pi Network pode ser influenciado por diversos fatores”. Ele destacou a facilidade de acesso proporcionada pela mineração via aplicativo, sem a necessidade de hardware robusto.
Segundo ele, essa característica torna o projeto mais acessível e sustentável, o que pode favorecer a aceitação no mercado de criptomoedas. Além disso, o CEO da Osten Moove enfatizou que o desenvolvimento de uma infraestrutura tecnológica eficiente e a expansão da regulação das criptomoedas são pontos fundamentais para a consolidação do blockchain, apesar das críticas relacionadas à falta de um modelo econômico sólido e à questão da centralização.
A quem está investindo na criptomoeda, Szuster deixou o alerta:
O projeto parece ser legítimo, mas ainda é muito limitado e novo.
Recomendamos muita cautela caso esteja participando dessa rede. Os outros ativos que já estão na frente desse blockchain tendem a ganhar mais espaço.
Esse debate evidencia as oportunidades e os desafios enfrentados pela Pi Network no cenário competitivo das criptomoedas e da inovação digital.
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