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Por que a Chiliz (CHZ) cai 20% após sequência de alta? Entenda

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Token Chiliz já recua 20% em abril.
  • Queda ocorre após forte alta de 2.300%.
  • Recuo, no entanto, pode não abalar ímpeto do ativo no longo prazo.
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Após intensa valorização superior a 2.300%, o preço da Chiliz começou a cair. O valor da criptomoeda atingiu seu recorde no dia 13 de março, quando era negociada a US$ 0,87.

Desde então, o preço tem caído constantemente e, na manhã desta quarta-feira (7), já atinge os US$ 0,42, uma redução de 5,85% em relação ao dia anterior e 51,7% em relação à máxima. Na semana, o criptoativo ligado a tokens de fãs já recua mais de 20%, segundo dados do agregador Coingecko.

Lançada em 2020, a Chiliz sempre teve valor médio de US$ 0,02, com pequenas flutuações para cima e para baixo.

O movimento de alta começou em 11 de março. Negociada pouco abaixo de US$ 0,26, a criptomoeda saltou 100% rapidamente para a região dos US$ 0,50 no dia seguinte e seguiu o rali até o dia 13 do mês passado, quando bateu US$ 0,087.

A grande alteração do preço, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, se deve ao destaque recebido pelo futebol europeu nas últimas semanas.

“Ao passar para as quartas de finais da Liga dos Campeões, o token do PSG teve uma valorização muito grande, o que impulsiona a Chiliz como um todo”, explica a Country Manager da Binance, Mayra Siqueira.

Chiliz e futebol

A relação entre a Chiliz e o futebol está na utilização do token utilitário (utility token) CHZ como base para tokens de fãs, recurso que vem ganhado tração na indústria dos esportes por funcionar como elo entre clubes/esportistas e o público por meio de acesso exclusivo a enquetes, promoções ou receber recompensas.

A aposta de grandes clubes na solução, como o Barcelona, começou ainda em meados de 2020, mas a proposta ganha tração de fato a partir da virada do ano.

Recentemente, clubes como Milan, Manchester City, PSG e Juventus, de Cristiano Ronaldo, aderiram à proposta. Agora, os resultados de jogos de futebol parecem ganhar correlação com o preço da criptomoeda, que também pode ser trocada no mercado. No Brasil, Mercado Bitcoin e Binance negociam o ativo.

O desenvolvimento do negócio da Chiliz, no entanto, também teria participação na valorização. Recentemente, o CEO da empresa, Alexandre Dreyfus, apontou interesse em abrir um escritório em São Paulo.

Nos bastidores, comenta-se que o executivo já estaria em tratativas com clubes nacionais para a criação de tokens de fãs. Se essas conversas prosperarem, a Chiliz pode gerar um efeito positivo como um todo no mercado de criptomoedas do país.

“A tendência é que, fechando parceria com os clubes que tenha uma visão de marketing e de novos negócios mais avançada, [a Chiliz] tem uma grande chance de sucesso até para popularizar tokens e criptomoedas para pessoas comuns. Vai unir uma paixão nacional com a tecnologia”, projeta Mayra.

O que explica a queda de preço

Apesar do movimento de alta recente e com atividade nos campeonatos de futebol europeus, o preço da Chiliz vem caindo desde o começo de abril.

Para Mayra, no entanto, o recuo não passa de uma correção normal do mercado. “Nós passamos por um momento em que todo mundo passou a comprar ativos, e o preço disparou, então é comum que haja uma pequena queda depois”, aponta.

“Quando se fala de uma moeda que valorizou tanto em tão pouco tempo, não é absurdo que haja uma desvalorização, especialmente para tokens que são menos tradicionais que Bitcoin e Ethereum”, ressalta a líder da Binance no Brasil.

O mercado parece acreditar firmemente na expansão dos negócios da Chiliz. Nesta quarta-feira (7), a firma de trading americana Jump Trading anunciou investimento em equity da emissora dos tokens de fãs.

A relação com o resultado de partidas esportivas no mundo, portanto, pode não ter cessado completamente. No longo prazo, a expectativa é que o preço da CHZ siga refletindo resultados de equipes parceiras.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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