A Polícia Militar do Estado de São Paulo se manifestou sobre o caso do leitor que procurou o BeInCrypto após ter sido furtado há cerca de 100m de um posto da polícia militar.
Na resposta oficial, a assessoria de imprensa da PM reconheceu que faltou orientação para o bloqueio geral do celular.
A vítima, que prefere manter o anonimato, teve o celular furtado por um criminoso de bicicleta, por volta das 22h, do dia 18 de setembro de 2023, na capital paulista.
Até aí, parece um crime corriqueiro na cidade de São Paulo. Mas, não foi. Para a surpresa do leitor, o criminoso tinha conhecimento sobre como acessar carteiras de criptoativos e limpou a sua conta da Binance. O prejuízo foi de 0,28 Bitcoin e 1,5 ETH em apenas 36 minutos.
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Para vítima, se a orientação e abordagem da polícia fossem diferentes, como orientar na hora a bloquear e-mails e acesso ao celular imediatamente, provavelmente os danos seriam menores.
Polícia Militar se posiciona
Confira a história na íntegra e veja abaixo o posicionamento oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
“A Polícia Militar esclarece que, dentro dos limites de suas atribuições constitucionais, quais sejam, polícia ostensiva e preservação da ordem pública, envida esforços para a melhoria da sensação de segurança pelos cidadãos, além da repressão em casos específicos, como em situações flagranciais.
Em linhas gerais, quando se trata de crimes imediatamente ocorridos, o contexto da infração penal é absorvido pelo agente que recebeu a notícia, que transmitirá via rede de rádio as informações coletadas a fim de que haja uma intensificação no patrulhamento no local, o que, em muitos casos, permite a identificação de autores de delitos, suas prisões e a recuperação de bens. Por isso, então, os agentes de segurança perguntam às vítimas as características, tanto dos indivíduos, quanto dos objetos subtraídos.
Além disso, anota-se dados das vítimas para que, em caso de localização dos delinquentes, seja viável o contato para que tudo isso, seja apresentado à autoridade de Polícia Judiciária.
Nessa esteira, cumpre esclarecer que à Polícia Civil, de fato, compete à atividade de investigação de crimes ocorridos e a elaboração de Boletim de Ocorrência que subsidiará o trabalho de polícia judiciária.
Quanto às orientações que teriam sido transmitidas pelo policial militar à vítima, no caso em tela, a indicação de elaboração de Boletim de Ocorrência, é plausível, tendo em vista o que acima foi exposto.
Já no tocante a aspectos mais técnicos do bloqueio de aplicativos específicos, com finalidades das mais diversas, eventualmente isso torne-se inviável, e saia da seara de atuação de polícia preventiva ter como padrão a adoção de tais formas de orientação, justamente pela infinidade de especificidades técnicas de cada aparelho Smartphone, formas de atendimento de plataformas bancárias ou manuseio de seus aplicativos, etc. Contudo, a orientação de bloqueio geral do celular é pertinente.
Por fim, recomenda-se que o usuário de plataformas digitais colete informações acerca do procedimento mais rápido a ser adotado em casos de necessidade de bloqueios, como em situações de roubo, furto ou qualquer tipo de fraude que possa comprometer a segurança de dados, informações ou de patrimônio.”
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