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PF investiga funcionário da Caixa que vendia dados de clientes em quatro estados

2 Min.
Atualizado por Paulo Alves

Resumo

  • Funcionário do banco repassava dados de clientes com empréstimos para financeira.
  • Cerca de 127 pessoas foram vítimas em quatro estados no Brasil.
  • Fraudes com dados de clientes não são raras em bancos centralizados
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Uma operação da Polícia Federal investiga um servidor da Caixa Econômica Federal acusado de vender dados de clientes que faziam empréstimos consignados.

A chamada “Operação Data Venditionis” foi deflagrada na quinta-feira (6) e cumpriu três mandatos de busca e apreensão em Porto Alegre (RS). A suspeita é que haja pelo menos 127 vítimas localizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Amazonas.

Segundo o jornal Zero Hora, os mandatos foram cumpridos na casa do funcionário da Caixa, localizada no bairro Menino Deus, na sede de uma financeira, que fica no centro da cidade, e na residência do proprietário, no Alto Petrópolis. Cerca de 20 agentes participaram da ação.

A suspeita da PF é que os dados dos contratos de empréstimo eram transferidos para a financeira, assim como as informações das vítimas. A prática também lesou o banco, que teve perda de faturamento e redução da carta de crédito.

A Polícia também investiga se os dados das vítimas foram repassadas a outras pessoas ou grupos, o que pode incluir criminosos especializados em usar este tipo de informação para praticar crimes. Não se descarta a existência de outras vítimas além das 127 já descobertas.

O servidor suspeito foi afastado das funções e deverá responder a processo administrativo interno na Caixa Econômica Federal. Além disso, ele pode responder por violação de sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.

Fonte: Polícia Federal

Falhas de segurança em bancos não são novidade. Em 2020, uma vulnerabilidade descoberta no Banco do Brasil permitia a edição de links de clientes para invadir os registros de investidores.

No mercado das criptomoedas, o caso tem paralelo em exchanges centralizadas que recentemente fecharam as portas e levaram consigo não só os dados, mas os fundos dos clientes. Por outro lado, o mesmo não acontece com o crescente segmento de finanças descentralizadas (DeFi), que permitem que o usuário guarde ele próprio suas informações, sem cópias em redes bancárias que estariam vulneráveis caso ocorra qualquer tipo de invasão.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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