A Polícia Federal deflagrou na segunda-feira (21) a operação Bad Bots, visando desarticular um esquema de pirâmide financeira envolvendo criptomoedas na capital e no interior do Paraná.
Foram cumpridas nas cidades de Medianeira e Missal, no oeste do estado, um mandado de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão, emitidos pela 9º Vara Federal de Curitiba.
O nome da empresa e dos indivíduos que estão sendo investigados não foram revelados. No entanto, foi divulgado que os dois mandados de prisão são referentes a um casal que atua no mercado cripto brasileiro desde 2019.
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Rendimentos não condizentes com o mercado
Assim como o visto em diversos esquemas de fraude cripto, a empresa dos investigados operava na internet, oferecendo aos possíveis clientes serviços de negociações de criptomoedas, prometendo remunerações diárias e mensais muito acima do que o visto no mercado financeiro.
Os acusados usavam como justificativa para os rendimentos atrativos o fato de possuírem um robô de operações, que conseguia grandes lucros diários ao comprar e vender criptomoedas. Para incentivar os clientes a não sacar seus fundos após o final do contrato e aumentar sua clientela, a empresa prometia retornos ainda maiores para os usuários que renovassem seus contratos e convidassem outros indivíduos para o negócio.
A investigação apurou que também eram oferecidos itens de luxo e viagem como prêmio para aqueles que alcançassem as metas de indicação de clientes e acumulo de capital nos serviços contratados.
No entanto, a empresa não honrou os compromissos com os clientes que pediam seu capital acrescentado dos juros. Diante da não devolução destes fundos, usuários começaram a entrar na justiça para obter seu dinheiro de volta.
Acusados de pirâmide de criptomoedas fogem para o interior
Em meio a pressão, o casal que comandava o esquema encerrou a empresa e se mudou para o interior do Paraná. Embora não pagassem os clientes, ambos ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais. A investigação ainda verificou que um dos investigados teria se utilizado de um nome falso para realizar novas movimentações financeiras.
Estima-se que o esquema de pirâmide financeira tenha lesado mais de três mil cidadãos brasileiros, com os golpistas conseguindo angariar mais de R$ 6 milhões com o golpe.
Com a operação, a PF pretende ter um maior entendimento de como o golpe era realizado e quais indivíduos eram atuantes no esquema, além de rastrear o capital das vítimas para viabilizar a sua devolução, mesmo que seja parcial. O nome Bad Bots foi escolhido pois faz alusão ao suposto programa de operações que os golpistas anunciavam para enganar as vítimas.
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