O projeto da Petrobras para minerar Bitcoin, muito falado nesta semana, pode levar até cinco anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da empresa.
O objetivo é explorar aplicações de blockchain na cadeia de valor da companhia, especialmente durante a transição para uma matriz energética de baixo carbono.
Petrobras já tem parceiros para tokenização e mineração
Entre as iniciativas estão a tokenização de ativos e a implementação de mecanismos de consenso em projetos além da mineração de Bitcoin. Marcelo Curi, Champion de Implantação e Coordenador Substituto do projeto, destacou a importância dessas tecnologias para a inovação nos processos da Petrobras em uma rede social.
Segundo Curi, a Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) envolve diversas áreas da petroleira. A estatal também fez parcerias para avançar em casos de uso, envolvendo tecnologias disruptivas como a blockchain. Entre os colaboradores estão o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) e Ledger Labs da Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Mineração de bitcoin com gás
Minerar bitcoin com excedentes de energia por petroleiras já é uma realidade, por exemplo, na Argentina. Isso porque em 2023 a Tecpetrol, uma das gigantes do país, anunciou o feito. Assim a empresa minera cripto e Bitcoin com materiais excedentes, incluindo gases e hidrocarbonetos não convencionais, gerando uma energia que seria simplesmente desperdiçada.
A Plus Petrol é outra empresa petrolífera argentina que seguiu os passos da Tecpetrol e, recentemente, o da Petrobras. Projetos assim promovem uma reflexão profunda sobre os processos entre os participantes da cadeia, permitindo, principalmente, maior integração e cooperação entre concorrentes. Outro benefício para o planeta é a mitigação dos impactos climáticos, uma vez que a mineração de bitcoin com energia elétrica não é nada sustentável.
Maratona cripto da Petrobras
Não é de hoje que a estatal está envolvida com blockchain, cripto e web3. Em 2022 a empresa promoveu a Maratona Cripto Petrobras. À época, o evento contou, por exemplo, com nomes relevantes da indústria. Entre eles Chainalysis, Transfero, Cardano, Polygon e Polkadot. Mais de 300 alunos já se formaram
Em julho de 2024, a Petrobras criou o Comitê Técnico de Conhecimento “Blockchain, Tokenização e Web3”.
Trata-se da primeira Iniciativa transversal para o tema, com indicações de gerentes executivos de diversas áreas “proxy”. A Maratona Cripto Petrobras foi um sucesso (três edições em dois anos) e abordamos toda a linha histórica do tema, explicou à época ao BeInCrypto Brasil, Marcelo Curi.
Parceria com Cardano Blockchain Academy
A Petrobras ainda tem uma parceria com a Cardano Blockchain Academy. A iniciativa, focada em promover educação e, sobretudo, conhecimento sobre novas tecnologias aos funcionários da maior estatal do país, foi anunciada em novembro de 2023.
À época, chamada de Maratona Cripto, deu lugar ao novo treinamento, que incluiu Web3 no core. Com trilhas gamificadas e NFTs dinâmicos, os mais de 40 mil colaboradores da companhia tem acesso a conteúdo de qualidade e certificação internacional da Pearson para os melhores alunos.
De lá para cá os participantes já aprenderam, por exemplo, sobre o potencial do blockchain, diversos casos de uso e aplicações da tecnologia, além de completarem questionários interativos sobre tópicos relacionados para reforçar o conhecimento adquirido, detalhou à época ao BeInCrypto, Rafael Fraga, Líder de Desenvolvimento de Negócios da Fundação Cardano na América Latina.
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