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Venezuela quer encerrar com criptomoeda Petro, diz site

2 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

Resumo

  • Reportagens indicam que o Petro será desativado após meses de incerteza.
  • Eliminação faz parte das negociações da Venezuela com o governo dos EUA.
  • O plano é remover a criptomoeda depois de pagar credores.
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O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, anunciou, no final de 2017, o lançamento do Petro, uma criptomoeda estatal que seria lastreada pelo petróleo do país. Entretanto, o governo deve eliminar o token nos próximos meses, depois de cinco anos e de um grande expurgo que afetou órgãos reguladores.

A notícia surgiu na quarta-feira (14), em uma reportagem da Bloomberg. O texto afirma que o plano do governo Maduro é saldar dívidas com credores e usuários.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

Expurgo acabou com tudo

O processo para eliminar o Petro começou em abril de 2023. A essa altura, Maduro começou uma grande campanha “anticorrupção”, cujo objetivo era a Superintendência Nacional de Criptoativos (Sunacrip), órgão responsável pela manutenção do Petro.

Um dos primeiros detidos da campanha foi o diretor da Sunacrip, Joselit Ramirez, uma figura importante dentro do chavismo que se encarregou de manter e supervisionar o setor cripto no país.

Entretanto, epois de sua partida, a Sunacrip mudou completamente. Conforme o jornalista Cesar Moya, todos os trabalhadores da Sunacrip foram demitidos em semanas e a plataforma PetroApp, uma carteira onde se podia comprar e transferir Petro, começou a falhar.

Desde então, a incerteza no setor cripto venezuelano aumentou. As exchanges e até a blockchain do Petro pararam.

A incerteza fez com que a Associação Nacional de Criptoativos (Asonacrip), entidade que representa os usuários venezuelanos, publicou um comunicado pedindo mais transparência em tudo relacionado ao que estava acontecendo com o Petro e o Sunacrip.

“É extremamente alarmante e acreditamos que passa uma mensagem muito negativa à comunidade, não só a nível nacional mas também internacional, de que apesar de [o PTR] ser uma moeda centralizada, seus usuários estão em um estado de indefesa e escuridão”.

Mas a sentença já fora proferida.

A morte progressiva do Petro

Segundo fontes do que resta da Sunacrip, o plano de Maduro é eliminar progressivamente o Petro. O primeiro obstáculo que eles precisam superar é o pagamento com credores, incluindo grandes redes varejistas.

A partir daqui, espera-se que o uso e a propaganda desta criptomoeda comecem a desaparecer até que suas operações sejam nulas.

A razão vai muito além da campanha anticorrupção e atinge as negociações entre os governos Maduro e Biden.

Trump sancionou o Petro em 2018, quando governava os EUA. Isto ocorreu porque ele considerava a criptomoeda como uma ferramenta para fugir de sanções. Cinco anos depois, Maduro estaria desmantelando a criptomoeda como um símbolo no diálogo.

Agora, só resta aguardar o anúncio oficial, mas já vários utilizadores começam a reclamar de como a medida foi brusca.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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