Nesta semana, a Amazon Web Services (AWS) mostrou que 93% das organizações no Brasil começaram a explorar ferramentas de GenAI. A pesquisa foi realizada em parceria com a Access Partnership e consultou 411 líderes estratégicos de TI no país.
O estudo “Generative AI Adoption Index” mostrou que a inteligência artificial generativa (GenAI) se consolidou como prioridade no orçamento de 40% das empresas brasileiras. Pela primeira vez, o investimento em IA superou a verba para soluções de segurança, que é prioridade em 28% dos casos.
Porém, apenas 27% das empresas conseguiram integrar a solução ao fluxo de trabalho de forma contínua e eficiente. A mesma proporção se encontra no outro lado da linha, com 27% das empresas em fase exploratória. Vale destacar que 19% das empresas estão em fase de transição, o que sinaliza um amadurecimento no modelo de trabalho com GenAI.
Para a líder de gestão de soluções para clientes na AWS, Fernanda Spinardi, o Brasil está entre os principais entusiastas de novas tecnologias. “Vimos uma evolução bastante rápida nos últimos meses, que envolve empresas de todos os tamanhos e setores. É interessante notar que este movimento já leva, inclusive, a mudanças na gestão e nos cargos de liderança, mostrando que existe uma compreensão de que vivemos realmente um momento de transformação e não de hype”, comenta.
O que mostrou a pesquisa sobre GenAI?
A pesquisa revelou que existe uma preocupação ética no uso da inteligência artificial no espaço de trabalho. Em 60% das empresas já foram iniciados programas de capacitação em IA generativa, e 68% já adotaram diretrizes de IA responsável. Além disso, 40% consideram essas diretrizes um critério central na escolha de ferramentas de IA.
“Alguns setores são tradicionalmente mais inovadores. No Brasil, o setor financeiro é o principal destaque, posicionando-se como um dos mais modernos do mundo. Instituições como Itaú, Santander, C6 e PagBank têm exemplos muito bem-sucedidos de soluções com IA generativa”, explica. Outro setor promissor tem sido o agronegócio, com 40% das lideranças do setor planejando como colocar em prática a experimentação da GenAI.
De fato, a pesquisa conclui que um dos principais desafios que dificultam a transição da experimentação para a produção é a escassez de profissionais qualificados em IA generativa. Cerca de 40% dos executivos citam a falta de trabalhadores qualificados como uma das maiores barreiras para escalar iniciativas.
Cargos executivos indicam maturidade da IA no Brasil
Porém, o cenário da falta de mão de obra especializada pode estar mudando. O crescimento no interesse em projetos com GenAI é positivo para quem busca uma carreira na área.
Na verdade, 56% das empresas criaram o cargo de Chief AI Officer (CAIO) ou diretor de IA no ano passado. A expectativa para 2026 de contratação de profissionais especializados em IA é de 31%.
“O custo e a escassez de profissionais ainda são obstáculos. A boa notícia é que as empresas agem rápido: seis em dez organizações já lançaram programas de treinamento específicos, enquanto 26% planejam fazê-lo ainda em 2025”, enfatiza.
Como os negócios usam a GenAI?
Outra forma de superar os desafios da capacitação é adotar estratégias híbridas que aproveitem tanto a expertise interna quanto as parcerias. Entre os entrevistados, 36% tinham equipes internas, enquanto 44% tinham equipes mistas no segmento da tecnologia.
Na lista de aplicações da GenAI, 60% das empresas utilizam versões personalizadas baseadas em modelos já existentes. Enquanto isso, 58% desenvolvem ferramentas proprietárias prontas para uso.
Outra pesquisa da Rockwell Automation revelou que as empresas aplicam a IA principalmente no controle de qualidade, na cibersegurança e na otimização de processos e logística.
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