O Banco BV anunciou testes em ambiente controlado para financiamentos tokenizados de veículos. Membro do projeto-piloto da moeda digital brasileira do Banco Central, o BV pretende lançar a solução com o Drex, previsto para chegar à população no começo de 2025.
Entre os objetivos de tokenizar o aporte financeiro para pagar veículos estão baratear custos, diminuir intermediários, além de garantir mais segurança e transparência.
“Buscamos constantemente atuar com pioneirismo para os negócios, antecipando cenários e estando atentos às tendências de inovação. Essa transformação trará inúmeros benefícios na experiência do cliente, entre elas a possibilidade de liquidação imediata do valor a ser pago e a simplificação operacional para todas as partes envolvidas. Além da redução de riscos operacionais e financeiros, uma das principais vantagens é a visibilidade de ponta a ponta do processo de transferência veicular”, afirma o diretor-executivo de Riscos e Operações do banco BV, Carlos Bonetti.
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Conexão com Detran
A parceira do BV para criar o financiamento tokenizado é a CCONSENSUS. Juntas, as empresas pretendem também incluir simulações com o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), que já utiliza a tecnologia blockchain para emplacamentos.
“Utilizando tecnologias já comprovadas, como o Hyperledger Fabric e Besu, para a implementação de redes privadas e descentralizadas, combinamos nossa experiência singular no segmento de DETRANs e tecnologia blockchain, no desafio da BV de aprimorar o fluxo de financiamento de veículos com uma abordagem inovadora, alinhada aos novos paradigmas de negócios que serão proporcionados pela tecnologia Drex”, detalha o CMO da CCONSENSUS, Welvis Fernandes.
Parfin é responsável pela transferência com Drex
A Parfin, outra envolvida no projeto Drex, participa da simulação ao transferir o valor do veículo via moeda digital brasileira.
“Por meio da Parchain, nossa tecnologia blockchain compatível com EVM, nós asseguramos privacidade, segurança e escalabilidade de forma simultânea. Estamos cada vez mais certos que o futuro estará nos trilhos da blockchain”, disse o CEO e co-fundador da Parfin, Marcos Viriato.
Na primeira etapa, uma operação C2C (customer-to-customer) foi considerada, na qual duas pessoas físicas concordam com a compra e venda de um veículo. A troca instantânea ocorre através da transferência de um pagamento tokenizado em troca da propriedade do veículo (DvP), através de contratos inteligentes. Toda a operação é realizada em um ambiente simulado.
“A ideia é que o banco seja responsável por conduzir toda a operação de financiamento, da simulação até a baixa do gravame e a finalização da alienação do veículo, após o encerramento do pagamento das prestações do financiamento contratado pelo comprador, o que trará maior agilidade e eficiência na operação”, encerra Bonetti.
Conversas com o BC
“O Banco Central tem interagido com reguladores de diversos tipos de ativos, desde valores mobiliários até ativos reais como automóveis e imóveis. O objetivo é que, após resolvidas as questões de privacidade, o Drex se torne uma plataforma para a negociação desses ativos”, afirmou recentemente Fabio Araújo, coordenador do projeto do Drex.
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