A Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) do Paraguai aumentou as tarifas de eletricidade para mineradoras de Bitcoin (BTC) entre 9 e 16%. O país quer reduzir as perdas da mineração ilegal, que ultrapassam US$ 185.000.
Nos últimos meses, o Paraguai revelou uma estratégia nacional para regular a mineração de criptomoedas. As autoridades até destacaram que o presidente Santiago Peña quer legalizar a mineração de Bitcoin.
Mineradores de Bitcoin vão pagar mais por eletricidade
No dia 26 de junho, a ANDE emitiu a Resolução 49.238, na qual atualizou as tarifas de energia elétrica. Ela afeta grandes mineradores de criptomoedas.
Além disso, o Senado prepara uma lei para estabelecer um cronograma energético de verão.
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“A mudança de horário não afeta mais a demanda, o pico de consumo de energia elétrica. Para a ANDE, isso não é mais um problema, do ponto de vista do fornecimento de energia elétrica”, disse o presidente da ANDE, Félix Sosa, à ABC.
Além disso, o gerente comercial da ANDE, Hugo Fernández, explicou ao jornal Última Hora que intensificarão o combate à mineração ilegal de criptomoedas. Em seguida, ele explicou que, até agora, em 2024, foram intervencionados 72.823 KVA (quilowatt-ampere). A maior parte dos roubos de energia afetam o sistema elétrico.
“A intervenção representou para a instituição um prejuízo mensal de G. 14.720.458.825, em termos de energia ativa não registrada, e que, somados aos custos de intervenção e multa, deverá ser pago pelo responsável pelo furto de energia elétrica. Este facto prejudica o bom funcionamento do sistema elétrico”, explicou Hugo Fernández ao Última Hora.
Paraguai endurece combate ao roubo de energia elétrica
Um dia depois, a ANDE divulgou em seu site a atualização das tarifas de energia elétrica para sua categoria de Grupo Especial de Consumo Intensivo, para “Muito Alta Tensão” 220 KV (quilovoltagem), “Alta Tensão” de 66 kV e “Média Tensão” de 23. kV. O órgão lembrou que, a partir de 2022 a ANDE poderá regular as condições de consumo intensivo especial.
“A auditoria interna acompanha os casos solicitados com sua área técnica para avaliar os equipamentos, materiais e procedimentos durante as intervenções e fornecer informações sobre eles, bem como avaliar os procedimentos em relação aos procedimentos operacionais vigentes”, explicou Fernández.
Por fim, no início de junho, a representante nacional do Paraguai María Constancia Benítez de Benítez apresentou o projeto de lei “Regulamentação da criptomineração na República do Paraguai”, para regular a mineração de Bitcoin. Na proposta, ela admite que a mineração é uma oportunidade para o desenvolvimento econômico do país.
“A mineração clandestina de criptomoedas não só representa uma perda significativa de receitas para o Estado, mas também coloca em risco a segurança e a estabilidade do fornecimento de energia elétrica. Está causando danos ao país devido ao roubo de energia. “Isso afeta as finanças e pode causar interrupções no fornecimento de energia elétrica à população e às empresas”, afirma a proposta.
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