Peter Brandt, trader veterano com mais de 40 anos de experiência, compartilhou recentemente uma análise sobre a possível correlação entre o preço do ouro e o Bitcoin.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Brandt exibiu gráficos dos dois ativos e sugeriu que o ouro pode estar reproduzindo um padrão técnico semelhante ao observado no BTC em 2024. Comparações entre ativos tradicionais e criptoativos são raras, o que torna essa análise particularmente relevante para o setor.
Padrão técnico aponta triângulo invertido em expansão
Segundo Brandt, o gráfico do ouro mostra a formação de um “triângulo invertido expansivo”. Esse padrão apresenta linhas de tendência que se afastam ao longo do tempo. Isso sinaliza um aumento na volatilidade e aponta para um possível rompimento — que pode ser de alta ou baixa, dependendo do contexto de mercado.
Esse tipo de formação gráfica aparece tanto em mercados tradicionais quanto em criptoativos. Costuma marcar momentos de inflexão, nos quais o preço pode se mover de forma significativa em uma das direções.
No caso do ouro, Brandt destacou que a linha de tendência inferior permanece próxima de US$ 3.400, enquanto a linha superior apresenta uma inclinação descendente.
“É assim que interpreto o ouro agora, e certamente posso estar errado. Não importa porque não levo o mercado para o lado pessoal, e o mercado não me vê da mesma forma. O ouro tem um triângulo invertido expansivo, semelhante ao gráfico do Bitcoin do ano passado”, afirmou Brandt.

Esse movimento remete ao que ocorreu com o Bitcoin em 2024, quando a criptomoeda formou um padrão semelhante antes de registrar um expressivo rompimento de alta.
Para Peter Brandt, a comparação é direta: o ouro pode estar replicando o mesmo comportamento do BTC no ano passado, o que sugere a possibilidade de um rompimento ascendente em breve.
O que isso representa para o ouro?
Segundo a análise de Brandt, caso o ouro siga o mesmo percurso do Bitcoin, um rompimento de alta pode ocorrer até o fim de 2025.
Assim como o BTC em 2024, o ouro atravessa uma fase de consolidação, com seu preço oscilando dentro de um intervalo estreito e sem conseguir superar de forma consistente a resistência na região de US$ 3.400. No momento da publicação, o metal precioso era negociado a US$ 3.359, segundo dados do TradingView.
O ponto decisivo, de acordo com Brandt, será a capacidade do ouro de romper essa barreira — movimento que impulsionou o Bitcoin a uma forte valorização no ano anterior.
Contudo, o analista também alerta para o cenário oposto: caso o ouro não consiga ultrapassar a resistência atual, o ativo poderá enfrentar uma retração.
Diferentemente do Bitcoin, que rompeu com firmeza a zona de resistência em 2024, o ouro ainda lida com a incerteza sobre sua capacidade de reproduzir esse desempenho. A possibilidade de queda permanece no horizonte, caso o preço não sustente níveis acima dos pontos-chave.

Para investidores de ouro e Bitcoin, a análise de Peter Brandt destaca como, em alguns contextos, ativos tradicionais e criptoativos podem exibir padrões técnicos parecidos.
Ainda assim, como em toda análise gráfica, não há garantias. Padrões servem como indicativos baseados em dados passados, mas não asseguram repetições exatas no futuro.
Diante disso, é fundamental que os investidores adotem cautela e não se apoiem exclusivamente em formações técnicas para tomar decisões. Fatores macroeconômicos e conjunturais também devem ser levados em conta na avaliação do mercado.
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