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Operação ilegal de mineração hacker de cripto é desmontada

2 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • A Akamai encerrou um esquema de mineração que perdurava por seis anos.
  • Com o fim do esquema criminoso, foram poupados da ilegalidade US$ 26 mil.
  • Uma iniciativa de transparência nas blockchain liberou uma lista com 500 mil carteiras usadas por criminosos.
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Após seis anos, pesquisadores da Akamai encerram um esquema de mineração ilegal de criptomoedas. Os pesquisadores utilizaram uma estratégia baseada no envio de “bad shares”. Operado a partir de um notebook, o contra-ataque desativou os sistemas dos hackers criminosos em segundos, impedindo ganhos de US$ 26 mil.

Também conhecido como “cálculos inválidos” na mineração, os “bad shares” são tentativas de processar hashes ou blocos em redes de criptomoedas que não atendem aos critérios de validação estabelecidos. De fato, isso é gerado por erros no processo de mineração, como falhas no código do software ou hardware defeituoso.

Porém, o que os pesquisadores da Akamai fizeram foi utilizar de contra-ataques maliciosos para invadir a operação de mineração ilegal de criptoativos. Segundo a empresa, essa tecnologia não depende de suporte de terceiros e utiliza mecanismos de defesa já existentes nas próprias pools de mineração.

Como aconteceu a ofensiva contra os hackers?

A partir de um dispositivo infectado pelo malware Oracle Loader, os pesquisadores provocaram a suspensão automática das carteiras e proxies utilizados pelos criminosos. A partir dessa iniciativa, eles puderam explorar as proteções destinadas a evitar sobrecargas ou quedas de serviço.

Na prática, esses sistemas funcionam com base na validação de shares, cálculos enviados e autenticados pelas pools. Porém, quando agentes maliciosos geram um grande volume de cálculos inválidos, o sistema ativa as defesas e os exclui da rede. No caso do Oracle Loader, o volume de transações caiu de 3,3 milhões de hashes por segundo para zero.

Normalmente, dependemos dos administradores das pools ou de serviços externos para bloquear carteiras maliciosas. São processos complexos e demorados, pois envolvem terceiros. Esta nova abordagem compromete a eficácia das botnets a ponto de desativá-las totalmente, afirmou Maor Dahan, pesquisador sênior da Akamai.

A partir disso, a Akamai criou uma ferramenta, a XMRogue, voltada ao combate de um dos principais malwares de mineração ilegal de criptomoedas. Com a XMRig, os pesquisadores conseguem simular dispositivos comprometidos, acessando os proxies usados pelos atacantes e enviando grandes volumes de cálculos inválidos às pools. De fato, nos testes conduzidos pela equipe, os lucros dos cibercriminosos caíram 76%.

Confira a lista de carteiras de mineração ilegal de criptomoedas

Ao mesmo tempo, a OpenAML, uma iniciativa de código aberto dedicada à transparência e à detecção de crimes financeiros on-chain, divulgou uma lista atualizada de cibercriminosos. A empreitada monitorou mais de 500 mil endereços e carteiras na blockchain e dividiu em três categorias.

Na categoria de maior gravidade foram considerados endereços sancionados ou na lista de criminosos de como o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) dos EUA. Além disso, endereços usados para crimes, sinalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC), e carteiras bloqueadas pela Tether (USDT) e Circle (USDC) também figuram na lista.

Segundo a OpenAML, o objetivo da listagem é ajudar no treinamento de ferramentas de inteligência artificial que possam ajudar na contenção de cibercrimonosos que usem a blockchain.

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Renan Honorato
Jornalista por paixão, exerce a profissão com seriedade. Cobre temas relacionados à economia criativa, Web 3.0 e geopolítica. Trabalhou na redação do Meio & Mensagem e colabora para o UOL. Almeja um mestrado em relações internacionais na USP, além de atuar como parceiro da Oboré na comunicação da Praça Memorial Vladimir Herzog. Sugestões de pauta são sempre bem-vindas.
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