Receita Federal e Polícia Federal realizaram juntas a Operação Corisco Turbo contra uma organização criminosa que usava criptomoedas com a finalidade de evadir divisas e lavar dinheiro.
Conforme as autoridades, os acusados importavam mercadorias estrangeiras sem pagar os tributos brasileiros.
Esquema funcionava dividido em setores e enviou mais de R$ 1,6 bi ao exterior
As investigações apontam que a organização criminosa se subdividia em núcleos responsáveis pela negociação e venda de produtos eletrônicos, transporte/armazenamento, constituição de empresas fictícias, envio de dinheiro para o exterior e receptação dos produtos para revenda em comércios, detalha o comunicado da operação.
A operação Corisco encontrou evidências de lavagem de dinheiro e evasão de divisas via doleiros e transferências de criptomoedas.
Há suspeitas de que mais de R$ 1,6 bilhão foram enviados ilegalmente ao exterior e que mais de 500 mil celulares foram introduzidos no país nos últimos cinco anos. Na imagem divulgada pela investigação é possível ver países como Estados Unidos e Paraguai envolvidos na apuração.

Cerca de 250 policiais federais e 150 servidores da Receita Federal executaram 51 mandados de busca e apreensão em sete estados. A ação conjunta também cumpriu 25 ordens de sequestro de imóveis, 42 de veículos e bloqueou R$ 280 milhões nas contas dos suspeitos. A operação ocorreu em São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.
Os mandados foram expedidos pela 12ª Vara Federal do Distrito Federal, que, aliás, impôs medidas cautelares aos principais suspeitos. Os acusados estão proibidos, por exemplo, de saírem do país e do município de residência. Além disso, eles precisaram entregar seus passaportes em até 24 horas. Comparecimento mensal à Justiça Federal e proibição de contato entre os investigados também fazem parte das investigações.
Pena pode chegar a 37 anos de prisão
Assim, os suspeitos enfrentarão acusações de falsidade ideológica, descaminho, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As penas máximas chegam, por exemplo, até 37 anos de prisão.
Durante a operação, foram utilizadas 41 viaturas e um helicóptero da Receita Federal, além de 49 viaturas da Polícia Federal.

O nome da operação, Corisco Turbo, faz referência ao modelo do avião apreendido no Aeródromo Botelho, em São Sebastião, em fevereiro de 2022. À época a operação em flagrante deu origem às investigações.
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