Com a chegada do período eleitoral nos EUA, a OpenAI disse que não quer que suas ferramentas de inteligência artificial (IA) sejam usadas em campanhas políticas.
Uma das preocupações da empresa é em como o uso de IA para a criação de conteúdo falso ou de desinformação pode influenciar a opinião pública.
OpenAi e eleições
A OpenAi, líder na corrida de desenvolvimento de IA, atualizou as políticas de uso de suas ferramentas na segunda-feira (15). Ela acrescentou um novo item na seção de regras que especifica os limites para o uso das ferramentas.
O texto proíbe:
“Engajar em campanhas políticas ou lobbying, incluindo a geração de materiais de campanha customizados ou que mirem em demografias específicas”.
As diretrizes afetam apps como o ChatGPT e o Dall-E, as duas ferramentas da empresa, além do API da OpenAi.
A medida surgiu no mesmo dia em que a corrida eleitoral começou nos EUA. O ex-presidente do país Donald Trump venceu as primárias no estado de Iowa e lidera a corrida para definir o candidato ao cargo pelo partido Republicano.
Extremismo e tecnologia
Um dos medos da OpenAi é que suas ferramentas e, portanto, sua imagem, fiquem atreladas a casos de desinformação, informações falsas e extremismo ideológico.
Isso é especialmente verdade em casos de chatbots de IA, que são treinados para aprenderem comportamentos racistas e extremistas há mais de uma década.
Uma das formas de desinformação é com o uso de deepfakes. Esses vídeos, criados por IA, podem usar imagens e cópias da voz de personalidades para espalhar mensagens falsas.
Além disso, a OpenAI já tem problemas o suficiente na justiça para se incomodar. Um grupo de escritores nos EUA, por exemplo, acusam a empresa de violação de direitos autorais
O jornal The New York Times, por outro lado, alega que a empresa usou seus conteúdos sem autorização para o treinamento de suas ferramentas de inteligência artificial.
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