Durante a edição 2024 do Blockchain Rio, gigantes da indústria cripto marcaram presença no evento. Além de lançamento de produtos, alguns realizaram ações e principalmente, compartilharam insights preciosos sobre o setor. Foi o caso da OKX, exchange cripto com mais de 50 milhões de usuários em pelo menos 180 países, incluindo o Brasil.
O BeInCrypto conversou com o Diretor Geral da OKX Brasil, Guilherme Sacamone. Ele falou sobre o ecossistema no Brasil e América Latina. E adiantou que como patrocinador da MC Laren, o fã de F1 pode esperar uma ação inédita da plataforma durante a etapa brasileira.
Vamos saber o que pensa o executivo da exchange que faz aproximadamente 20 pontes, com mais de 200.000 moedas e suporta mais de 20 blockchains.
Quem é Guilherme Sacamone, diretor geral da OKX Brasil?
Com quase uma década de experiência em bancos e corretoras cripto, Guilherme liderou com sucesso esforços que impulsionaram o crescimento de plataformas de tecnologia emergentes. Ele ingressou na OKX em 2023 como diretor geral para o Brasil, supervisionando as operações, o marketing e assuntos regulatórios. Antes da OKX,ocupou cargos de liderança na Crypto.com, Facebook e PicPay.
Em 2023, a OKX incorporou uma entidade no Brasil para oferecer serviços de criptoativos em todo o país. A empresa visa um crescimento contínuo na região.
Brasil está no foco dos maiores players do mundo
O Brasil é um dos maiores players do mundo atualmente quando o assunto é a indústria cripto. Estou falando dos recentes avanços da regulamentação, agenda digital dos reguladores, Drex e ações de gigantes dentro e fora do setor financeiro. Como a OKX enxerga hoje o nosso país e o setor?
Guilherme Sacamone: Antes de falar de Brasil especificamente, vale a pena destacar um pouco da nossa grande admiração e interesse sobre a América Latina. A gente percebe que América Latina, se torna um laboratório cripto muito interessante.
Por exemplo, o que a gente vê e o que está acontecendo em El Salvador com uso do Bitcoin como moeda legal é um caso muito específico, que, por sua vez, é muito diferente do que acontece na Venezuela e na Argentina. E o porquê as pessoas estão adotando os criptoativos em cada região é bem específico, explica.
Sacamone lembrou que é bem diferente do que acontece no Brasil.
A gente vê por aqui um pouco mais de especulação, além de também os brasileiros buscarem assets internacionais para não terem investimentos apenas no Brasil.
Logo por si só a América Latina é um laboratório extremamente interessante sobre a ótica de adoção cripto, só isso já é muito interessante. Quando a OKX olha para isso como uma empresa global, ficamos muito atraídos por estar aqui com uma presença robusta. E faz muito sentido estar no Brasil, especificamente pela expectativa positiva do cenário regulatório”, explica.
Ele citou a presença do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto como um sinal relevante para indústria cripto.
“Então nos dá muita tranquilidade de continuar com esse investimento significativo no Brasil.” destacou.
Drex, Pix, Brasil e OKX
Sobre Drex e investimentos no Brasil, Sacamone detalha que a OKX tem uma visão de Brasil de extremo longo prazo. A OKX tem atualmente 20 funcionários no escritório de São Paulo na Faria Lima e Guilherme é o representante legal da empresa no Brasil.
Nós somos a primeira grande exchange global a tratar o Brasil como um grande mercado que opera por si só.
O executivo disse que a OKX atualmente adapta os produtos para o mercado brasileiro, e cita o Pix como exemplo.
O nosso Pix hoje por mais que ainda não seja global, é a ferramenta mais rápida do mercado. Hoje, a experiência que o usuário brasileiro tem no Brasil é só dele. Se você for para a Argentina, é uma experiência diferente. Se você for para outros países, é uma experiência diferente. E a experiência do Brasil, é pensada quase que exclusivamente para o Brasil.
Sobre Drex, Guilherme lembra que em um país onde o Pix já funciona tão bem, o Drex vai trazer um poder de infraestrutura.
Estou muito curioso para ver como isso (Drex) vai ser aplicado, o que isso significa de fato para a ponta do usuário. O que que isso mudará no dia a dia.
O diretor da OKX revelou ao BeInCrypto que quando explica aos desenvolvedores estrangeiros o que é o Pix , muitos não entendem ou não acreditam.
Tanto que a nossa capacidade de desenvolvimento Fiat on ramp aqui no Brasil foi uma das mais fáceis e principalmente mais orgânicas.
Como vocês – OKX – olham especificamente para o público brasileiro a curto, médio e longo prazo? Vocês sendo regulados e o Brasil hoje sendo um dos grandes players da indústria, quais as ações por aqui?
Guilherme Sacamone: Eu acho que todos nós da indústria cripto temos a responsabilidade de continuar construindo um ambiente sustentável, principalmente após os grandes acontecimentos e crashs em 2022. É nossa responsabilidade trazer um ambiente de transparência e segurança.
Exchange foca em consumidor brasileiro com atendimento especializado
Mas como a OKX está fazendo isso especificamente no Brasil?
Guilherme Sacamone: Hoje nós temos um time de atendimento ao consumidor no Brasil, 100% brasileiro, baseado aqui. O atendimento é 24 por 7 e acima de tudo, são brasileiros falando com brasileiros, fazendo esse atendimento.
E não usamos isso apenas para resolver problemas, mas para colher o feedback dos nossos clientes. E o que estamos percebendo? Isso é um debate muito grande dentro da indústria.
A gente percebe que a auto custódia não é trivial no mercado brasileiro e não é para todo mundo, revela Guilherme.
Brasil, um mercado regulado
E como a OKX garante a segurança dos fundos depositados na exchange?
Guilherme Sacamone: Usamos a prova de reserva 1:1 dos fundos de todos os usuários, mas não é uma prova de reserva trivial, como que a gente geralmente vê no mercado.
Sacamone explicou que desde novembro de 2022 – ou seja – há 20 meses – a OKX faz a emissão pública mensal de prova de reserva. Além disso, o cliente pode checar direto na plataforma e mais : a própria Exchange ensina o usuário a verificar diretamente na blockchain.
O executivo reforça,
A gente divide a responsabilidade de mercado, queremos liderar e inclusive encorajamos outros players do mercado a fazerem o mesmo.
Hoje o cliente da OKX tem várias opções na plataforma desde os iniciantes que nunca tiveram contato com web3 aos mais experientes. Não é preciso por exemplo ter uma ledger separada.
“É possível também ter uma carteira web3 de auto custódia com apenas um clique no nosso App.”
Caso o usuário queira navegar profundamente no universo da web3, a OKX oferece mais de 100 networks conectados, cerca de 10 mil aplicativos descentralizados e 400 exchanges para negociar. E tudo validado pelo ranking de segurança do mercado cripto, a certificação ISO/IEC 27001, que classifica a OKX como a carteira mais segura do mercado.
OKX terá ação na etapa brasileira de F1
A OKX é grande incentivadora do esporte. Entre os gigantes do mundo esportivo a que a exchange patrocina, estão o clube de futebol inglês, Manchester City F.C, o atleta olímpico Scotty James, piloto de F1 Daniel Ricciardo e a McLaren.
Durante o Blockchain Rio 2024, Zak Brown, CEO da McLaren Racing, participou online de uma palestrar no palco principal com Sacamone.
Conforme o executivo brasileiro, “ a parceria com a McLaren foi resultado de um rigoroso processo de seleção e avaliação, refletindo a dedicação da OKX em construir confiança e uma comunidade sólida.”
E Brown complementou, que é dos pilares dessa parceria é a transparência.
“Lidamos com transparência, lidamos com educação, lidamos com responsabilidade”, afirmou o CEO da McLaen , reforçando a importância desses valores na construção de uma parceria duradoura e bem-sucedida.
Durante a etapa de F1 em Mônaco em maio deste ano, uma ação da McLaren e OKX lançou a campanha global “McLaren SENNA por OKX” . A parceria celebra o legado de um dos maiores ídolos do Brasil nas pistas de corrida.
Vale lembrar que Senna é o piloto de maior sucesso da McLaren, correndo pela escuderia entre 1988 e 1993. O brasileiro tem seis vitórias em Mônaco – incluindo cinco consecutivas entre 1989 e 1993. Não é à toa o título “Rei de Mônaco”.
É claro que nós perguntamos ao Guilherme se podemos esperar algo especial ou parecido para os fãs no Brasil, na etapa brasileira que acontece em São Paulo no mês de novembro.
“Na verdade, é uma homenagem a um dos melhores humanos que a gente já produziu nesse país. Um dos melhores esportistas que a gente já produziu nesse país, que é o Ayrton Senna. E sim, continuamos com essa partilha com a McLaren.
Sem relevar grandes detalhes, o público pode esperar algumas ações neste segundo semestre e mais especificamente, deixar tudo bem aquecido para Interlagos em 2024. Ficou curioso? Aguarde aqui as novidades!!!
OKX lança staking cripto para brasileiros durante Blockchain Rio
Com a promessa de acesso a projetos cripto selecionados, a OKX lançou, no Rio de Janeiro, o Jumpstart. O produto que oferece aos brasileiros participação no mercado cripto via staking. Nesse processo, os usuários bloqueiam principalmente criptomoedas como BTC, ETH e USDT em troca de recompensas em tokens de novos projetos.
Durante o staking, os ativos permanecem na OKX e são incluídos nos relatórios de prova de reservas. Os usuários também mantêm a propriedade total de seus tokens e podem por exemplo, retirar seus fundos após o término do período de mineração ou ainda optar por sair do Jumpstart a qualquer momento.
Sacamone, destaca que “o Jumpstart desenvolve uma relação de benefícios mútuos: os usuários podem diversificar seus portfólios em projetos promissores sem aumentar suas exposições de capital, os projetos ganham visibilidade junto a um público mais amplo por meio da distribuição de seus tokens através de uma das maiores corretoras do mundo, e a OKX continua a fomentar a inovação no ecossistema cripto do Brasil”.
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