Brasileiro aumenta em 30% suas transações bancárias em 2022, e oito em cada dez operações são digitais.
Os aparelhos smartphone são o meio responsável por dois terços das operações financeiras dos brasileiros, revelou a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, divulgada durante a Febraban Tech 2023.
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O levantamento realizado pela Deloitte (ano-base 2022), aponta que quase 8 em cada 10 transações bancárias realizadas no Brasil são feitas em canais digitais, como o mobile banking e internet banking (77%). Sozinho, o celular é responsável por 66% de todas as operações feitas no País.

Os aplicativos dos bancos são os mais utilizados
No total, os brasileiros fizeram, no ano passado, 163,3 bilhões de transações nos vários canais de atendimento disponibilizados pelos bancos, representando um significativo aumento de 30% ante 2021.
A taxa de crescimento é a maior já registrada na história das transações, sendo influenciada principalmente pelo desempenho do mobile banking, que teve alta de 54% no número de operações realizadas pelos clientes, totalizando 107,1 bilhões.

A pesquisa traz pela primeira vez dados de transações bancárias feitas via pagamentos pelo WhatsApp, liberado pelo Banco Central em março de 2021. Segundo o estudo, 50% dos bancos respondentes oferecem o canal WhatsApp para transações. Em um ano, as operações cresceram 531%, atingindo o total de 56,2 milhões de transações.
Deste total, 37% se referem às operações financeiras via Pix e 29% às renegociações de dívidas.

Já a ida ao banco, tem ficado cada vez mais rara. As transações feitas pelos brasileiros nas agências bancárias: caíram de 3,3 bilhões para 3,2 bilhões e, hoje, o canal representa apenas 2% do total. As operações feitas em ATMs também reduziram (passando de 7,4 bilhões para 5,4 bilhões), assim como as realizadas em contact centers e correspondentes (de 5,5 bilhões para 5,2 bilhões).
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, avalia o resultado apresentado pelo levantamento:
“Os resultados reforçam, mais uma vez, que a cada ano temos mais adesões de brasileiros pelos canais digitais, demonstrando a inovação, segurança, acessibilidade e confiabilidade destes meios nas transações bancárias do dia a dia. Os bancos tornaram mais democrático o acesso aos serviços financeiros, estão mais próximos de seus clientes, fruto de um robusto investimento em tecnologia feito anualmente e que em 2023 deve chegar a R$ 45 bilhões.”
Pix
Em pouco mais de dois anos de operação, o Pix tem trazido mais agilidade e facilidade aos pagamentos e transferências de valores. A mudança provocada pelo Pix no comportamento de clientes é confirmada pelos números de adesão ao meio instantâneo de pagamento.
Já em 2021 as transações por Pix totalizavam 5,7 bilhões, enquanto, em 2022, o volume ultrapassou os 11,7 bilhões. Portanto, um aumento de 105% no período. Entretanto, as transações feitas por TED e DOC registram quedas de 29% no mesmo período.
De acordo com Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Febraban, o Pix registrou crescimento expressivo no número de usuários que realizam no mínimo 30 transações instantâneas por mês, os chamados heavy users, tanto para contas pessoa física quanto para pessoas jurídicas. Para envios de Pix, o aumento foi de 131%. Portanto, totalizando 46 milhões de heavy users, enquanto os recebimentos alcançaram 33 milhões de heavy users, alta de 106%.

“Desde que o Pix entrou em funcionamento, os volumes significativos de transações e de adesões de clientes à ferramenta comprovam a eficiência e aceitação do meio de pagamento. Com a expansão de novas modalidades previstas na agenda regulatória, avaliamos que as transações tendem a aumentar ainda mais e fazer com que comércios e serviços ampliem a utilização da ferramenta como meio de pagamento”, avalia Mulinari.
Contas digitais disparam
O número de contas correntes abertas em 2022 foi de 46,2 milhões. E deste total, 63% foram abertas por canais digitais (mobile banking e internet banking). Além disso, pelo segundo ano consecutivo, o número de contas abertas em canais digitais superou o de contas abertas em canais físicos.
Segundo a pesquisa, das 469 milhões de contas ativas (contas correntes, contas de poupança e contas poupança social digital para pessoa física e pessoa jurídica, com movimentação nos últimos 6 meses), 45% do total está sendo utilizado no mobile banking.
“A adoção do canal mobile pela pessoa física já é massiva e agora observamos um movimento de forte adoção também pelo cliente pessoa jurídica. Isso reflete os investimentos feitos pelo setor para atender a qualquer tipo de público e segmento pelo meio digital”, afirma o sócio-líder para a indústria de Serviços Financeiros da Deloitte, Sergio Biagini que complementa; “a pesquisa reflete a preferência do consumidor e seu impacto nas transações bancárias, o quais podem direcionar as estratégias dos players de mercado”.
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