A empresa de análise de dados Glassnode revelou que o suprimento de bitcoins em carteiras de exchanges está no nível mais baixo visto em 2 anos e meio.
Quase 18.500 bitcoins (BTC) no valor de US$ 625 milhões saíram das exchanges na semana passada. De lá para cá, o preço do bitcoin subiu mais de 3,5% e agora está perto de US$ 37.000.
Combinado a uma grande crise de liquidez vista atualmente nas exchanges de criptomoedas, o aumento da demanda e a esperada resolução de uma longa consolidação, uma nova alta do bitcoin pode estar chegando em breve.
Aumento da participação institucional
De acordo com a análise, a quantidade de BTC armazenado nas exchanges começou a diminuir drasticamente a partir de abril de 2020. Isso ocorreu no auge da pandemia do Covid-19 e da recessão econômica global.
Em seus esforços para apoiar o sistema financeiro dos EUA, o Federal Reserve (Fed) decidiu cortar significativamente as taxas de juros e manter a impressora de dólar em movimento.
Isso encorajou investidores individuais e instituições a recorrer ao bitcoin como proteção contra possíveis riscos de inflação. Consequentemente, os grandes detentores provavelmente estão armazenando seus bitcoins de forma offline.
Conforme dados do Bitcointreasuries.org, mais de 1,2 milhão de BTC pertence a empresas privadas e de capital aberto, com a Grayscale detendo mais de 600.000 BTC (US$ 26,4 bilhões). Ou seja, mais de 4,1% de todos os bitcoins em circulação.
A onda institucional continua conforme a empresa de inteligência de negócios MicroStrategy, aumentou substancialmente seu estoque de bitcoins. Nesta terça-feira (2), a empresa comprou mais 295 moedas por US$ 10 milhões.
Além disso, o provedor de dados on-chain Santiment mostra que as baleias de bitcoin ultrapassaram os endereços intermediários em termos de porcentagem detida pela primeira vez na história.
Mudando o foco para DEXs?
Além disso, outra razão potencial para essa queda massiva no fornecimento de bitcoin pode ser a transição para as exchanges descentralizadas (DEX), como por exemplo a Uniswap e Sushiswap. Embora o bitcoin em si não seja negociado nessas corretoras, a sua representação da rede Ethereum está presente nas DEXs.
Em janeiro, o volume mensal de negociações nessas exchanges ultrapassou US$ 63 bilhões, a maior quantia registrada até hoje. Aliás, o valor representa mais da metade de todo volume negociado em DEXs no decorrer de todo ano passado.
Dessa forma fica claro que as DEXs estão recebendo muita atenção neste início de ano. As duas exchanges líderes administraram 48,8% e 23,3% de todos os volumes de negociações descentralizadas, conforme mostram os dados da Dune Analytics.
Será que os hodlers de bitcoin estão se mudando para o ecossistema Ethereum (ETH)? Ainda não está claro. No entanto, o ETH ultrapassou o nível de US$ 1.500, atingindo um novo recorde histórico. Dessa forma, é razoável considerar que esse seja um dos possíveis motivos.
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