Em 2024, a economia digital alcançou um novo patamar, impulsionada pela evolução da tecnologia blockchain e inteligência artificial (IA) e pela convergência e simbiose entre ativos e operações reais e digitais.
Essa revolução não apenas está remodelando transações e negócios, mas também abrindo caminho para novas estratégias de marketing e desenvolvimento de produtos. Neste artigo, vamos explorar como a tokenização e a descentralização estão transformando o mercado, com foco nas oportunidades que isso oferece para empresas tradicionais e emergentes.
A Web3, considerada a próxima fase da internet, representa um ambiente em que ativos e dados podem circular livremente, sem intermediários e de forma descentralizada. Com a blockchain como infraestrutura central, esse novo cenário permite que usuários tenham controle total sobre seus ativos, sejam eles financeiros, físicos ou digitais. Essa mudança não só democratiza o acesso aos mercados, mas também aproxima o mundo real e o digital de forma inédita.
No setor imobiliário, por exemplo, a tokenização está proporcionando uma transformação sem precedentes. Por meio de contratos inteligentes, imóveis podem ser fracionados em tokens digitais, permitindo que investidores de qualquer parte do mundo participem de transações de forma rápida, segura e transparente. Essa fusão entre ativos tradicionais e tecnologias emergentes representa uma oportunidade gigantesca, especialmente em mercados robustos como o imobiliário, que globalmente acumula US$ 637 trilhões em valor, segundo dados da CNBC.
Marketing, Negócios e Vendas na Era da Web3: Um Novo Paradigma
A chegada da Web3 na economia real traz implicações significativas e novas fronteiras para o marketing, os negócios e as vendas, sejam eles focados em B2B ou B2C. Ao contrário da Web2, em que os dados dos usuários eram coletados e mantidos por plataformas centralizadas, a Web3 coloca o controle dos dados nas mãos dos próprios usuários. Isso significa que marcas precisarão adotar novas táticas para engajar seu público de forma ética, transparente e centrada no valor.
Entre as principais estratégias para o engajamento e geração de negócios na Web3, está a propriedade de dados. Na Web3, os usuários possuem seus dados. Marcas precisam desenvolver estratégias de engajamento baseadas em permissão e troca de valor, oferecendo benefícios claros e tangíveis para quem optar por compartilhar suas informações.
Além disso, a transparência nas transações se destaca. A blockchain garante transações transparentes e imutáveis, o que exige das marcas maior autenticidade em suas ações. Estratégias baseadas em confiança e transparência serão essenciais para conquistar a lealdade dos consumidores.
A construção de comunidades, na Web3, é outro ponto que terá grandes mudanças. As redes sociais se unificam e se tornam mais voltadas para gamificação e lealdade, e de certa forma descentralizadas com foco na jornada do usuário, marcas devem olhar para a criação de comunidades autênticas. Projetos que investem no engajamento de sua comunidade, recompensando a participação ativa por meio de tokens ou outras formas de incentivo, terão uma vantagem competitiva.
Com a ascensão de termos como DeFi, NFTs e, mais recentemente, RWA, o marketing de conteúdo focado em educar o público será fundamental. Além disso, programas de lealdade gamificados, baseados em tokens, poderão ser usados para aumentar o engajamento e premiar os consumidores mais fiéis.
Desse modo, à medida que avançamos para a era da Web3, o papel do CMO está evoluindo. Além de ser o guardião da marca, o CMO moderno precisa entender profundamente as tecnologias emergentes e como elas impactam as estratégias de marketing e produto. A fusão entre blockchain, tokenização e marketing é apenas o começo de uma nova revolução que está prestes a transformar a maneira como fazemos negócios.
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