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O caminho dourado da IA: lições dos 5% que transformam tecnologia em resultado

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Escrito por
Telmo Costa

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Editado por
Lucas Espindola

11 novembro 2025 18:37 BRT
Trusted
  • Apenas 5% dos projetos de IA entregam valor real, segundo o MIT.
  • Gartner destaca que direção e propósito superam velocidade na adoção da IA.
  • Sucesso vem da união entre dados, governança e discernimento humano.
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Um estudo recente do MIT revelou que 95% dos projetos de inteligência artificial em empresas não produzem resultados significativos. A estatística pode soar desanimadora, mas traz um ensinamento essencial: os 5% que geram valor seguem um padrão que vale ser observado. Esses casos de sucesso não nascem de experimentos isolados, e sim de estratégias guiadas por propósito, dados estruturados e integração real com o negócio. Neles, a tecnologia não é um fim em si mesma, mas um meio para resultados concretos.

A Meta esteve, através de nossos principais líderes, presente ativamente no Gartner IT Symposium/Xpo™ 2025, onde ficou explícita a assertividade da nossa prática metodológica, aqui na Meta, quanto à necessidade de medir o impacto da IA que permeou muitas das discussões do evento em Orlando, onde a inteligência artificial voltou ao centro dos debates, mas sob uma nova perspectiva.

A mensagem não é sobre o fascínio do novo, e sim sobre o valor real que a tecnologia é capaz de gerar quando conduzida com propósito e precisão humana. No keynote de abertura, Alicia Mullery e Daryl Plummer apresentaram o que chamaram de “caminho dourado da IA”, uma jornada em que a tecnologia deixa de ser um fim em si e passa a ser um meio para resultados concretos. “Você precisa levar sua própria precisão”, disse Mullery. A frase resume o espírito do encontro e reforça algo que sempre acreditei: confiar cegamente nos modelos é um risco, é o discernimento humano que transforma algoritmos em impacto.

O evento mostrou que a corrida pela inteligência artificial não é sobre velocidade, mas sobre direção. Hoje, 17% dos CIOs já utilizam agentes de IA e 42% pretendem adotá-los nos próximos 12 meses. Ainda assim, a maioria permanece em estágios superficiais, restritos a interações conversacionais. Para o Gartner, o futuro pertence a agentes que decidem e agem, aos sistemas capazes de pensar estrategicamente, executar e aprender. Essa virada, porém, não acontece por acaso. Ela exige investimento, governança e métricas de desempenho que realmente capturem valor.

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De experimentos a resultados: o papel do discernimento humano

Esse é um paralelo importante entre as discussões do Gartner e a pesquisa do MIT. Ao analisar aqueles 5% de empresas capazes de gerar valor com IA, o instituto identificou que a diferença não está na tecnologia, mas na forma de aplicá-la. As organizações que prosperam com IA tratam o tema como parte da estratégia corporativa e não como um projeto paralelo de inovação. Elas definem problemas específicos, criam planos de mensuração de valor desde o início e garantem a integração entre equipes, dados e processos. Em comum, todas investem na combinação entre inteligência de máquina e discernimento humano: não substituem o olhar das pessoas, mas o ampliam.

Essa mesma visão foi reforçada nas apresentações do Gartner. Daryl Plummer alertou para o risco de uma “atrofia do pensamento crítico”, que pode surgir quando delegamos demais à tecnologia. Até 2026, metade das empresas globais deve avaliar as habilidades cognitivas de seus colaboradores, justamente para evitar que o uso massivo de IA reduza a capacidade de análise humana. A lição é clara: o futuro pertence às organizações que unem a eficiência dos algoritmos à sensibilidade das pessoas.

Outras sessões mostraram como essa parceria já está acontecendo. Companhias compartilharam experiências de times que aprenderam a trabalhar com a IA como uma parceira de cocriação. Dados e insights passam a orientar decisões mais inteligentes, mas é o julgamento humano que define o que deve ser feito. Quando bem calibrada, essa relação não só acelera processos, mas libera tempo e energia para que as pessoas se concentrem no que realmente importa: criar, inovar e decidir.

IA no Brasil: integração, propósito e impacto real

Para o Brasil, essa discussão é especialmente relevante. Em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo, falar de IA não é mais falar de tendência, é falar de resultado. O desafio não está em adotar a tecnologia mais avançada, e sim em integrá-la à realidade da empresa. Planejamento estratégico, governança de dados e clareza de propósito são as bases que separam os 5% que prosperam dos 95% que apenas experimentam.

Por isso, acreditamos aqui na Meta que o verdadeiro potencial da IA nasce quando ela está a serviço de um objetivo concreto, relevante e mensurável. Seja ampliar a eficiência operacional, aumentar a relevância de uma comunicação ou criar novas formas de interação entre pessoas e marcas, através de uma abordagem transformacional. A inteligência artificial só faz sentido quando tem intenção, direção, entrega real e medida de valor. É assim que transformamos hype em impacto e evolução, através da tecnologia em progresso.

No último dia do evento, o Gartner apresentou também o 2025 CEO Confidence Index, revelando um cenário de cautela e foco estratégico entre líderes globais. O índice mostra que apenas 49,6% dos CEOs se sentem confiantes para agir diante das transformações em curso, um reflexo do desafio de equilibrar velocidade e direção. As principais prioridades para 2025 reforçam essa visão: crescimento financeiro (53%), controle de custos (41%) e tecnologia, com ênfase em IA (35%), aparecem no topo da agenda. A confiança no impacto da inteligência artificial, por sua vez, atinge um novo recorde. 79% dos executivos acreditam que a IA transformará seus setores nos próximos três anos, deixando a mensagem clara de que, embora ainda haja hesitação, os líderes que enxergam a IA como eixo estratégico, e não apenas como ferramenta operacional, estão abrindo caminho para uma nova geração de negócios autônomos e orientados por dados, onde, segundo o Gartner, até 18,5% da receita média das empresas poderá vir de agentes de IA ou clientes-máquina até 2030.

Números que comprovam que o “caminho dourado” da IA não é sobre máquinas mais inteligentes, mas sobre decisões humanas mais bem informadas. O futuro da tecnologia pertence a quem souber colocar propósito antes do código, estratégia antes da pressa e resultado antes da promessa.

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