Nesta manhã de quarta-feira (21), o Bitcoin está sendo negociado um pouco acima de US$ 106 mil. Embora a empolgação do mercado seja crescente, dados do Google Trends mostram que as buscas pela palavra-chave “Bitcoin” não aumentaram correspondentemente.
Na verdade, o volume de buscas é equivalente ao período de mercado em baixa de 2022 quando o BTC estava cotado em cerca de US$ 16 mil.
Isso indica que o interesse público no Bitcoin está atualmente muito baixo, apesar de seu valor ter aumentado mais de seis vezes desde 2022. Este é um sinal incomum, pois, tipicamente, quando o BTC atinge novos máximos, a atenção dos investidores de varejo aumenta, muitas vezes desencadeando uma onda de FOMO.
Explicando esse fenômeno, um usuário do X sugeriu que os investidores de varejo parecem amplamente desinteressados no aumento de preço do Bitcoin. Segundo esse usuário, o aumento de preço do Bitcoin sozinho não é suficiente para desencadear FOMO.
Essa perspectiva está alinhada com as percepções da Matrixport, que destacou que investidores de médio e longo prazo são os principais detentores de Bitcoin. Enquanto isso, a participação dos investidores de varejo permanece muito baixa.
A ausência de investidores de varejo pode explicar por que o volume de buscas no Google Trends não aumentou, mesmo com o Bitcoin se aproximando de seu recorde histórico.
Além disso, o interesse do varejo permanece contido em comparação com períodos anteriores na Wikipedia também. Isso indica uma falta de confiança e sugere que o mercado não está eufórico. Historicamente, sempre que as taxas de interesse disparam acentuadamente, o mercado entra em um estado de euforia, coincidindo com picos de preços.
Calmaria antes da tempestade ou falta de impulso no mercado?
Algumas vozes na comunidade cripto veem esse fenômeno de forma positiva. O usuário do X The_Prophet_ argumenta que o gráfico atual do Google Trends representa o “silêncio antes da detonação”. Eles sugerem que a indiferença do público pode ser um sinal de um aumento de preço maior no horizonte.
A falta de interesse público pode apresentar tanto oportunidades quanto riscos para o mercado de Bitcoin em 2025. Por um lado positivo, a ausência de participação de investidores de varejo significa que o mercado não foi inflado por FOMO, ajudando o ativo a evitar uma bolha de preços como a vista em 2021.
De acordo com Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, quebrar a zona de resistência será essencial para o BTC atingir o novo ATH.
O próximo desafio está na zona de resistência entre US$ 106.600 e US$ 108.000. A superação desse patamar pode abrir caminho para que o BTC busque novas máximas históricas, com alvo em US$ 110 mil. Por outro lado, a incapacidade de romper essa faixa pode gerar um movimento de realização de lucros e levar o ativo a testar novamente suportes abaixo de US$ 105 mil. A manutenção acima desse nível é considerada essencial para preservar a estrutura de alta atual, afirmou o executivo.
Por outro lado, a falta de investidores de varejo levanta questões sobre a sustentabilidade do rali atual. Se o Bitcoin continuar a subir sem ampla participação pública, o mercado pode carecer da liquidez necessária para manter o crescimento a longo prazo.
A longo prazo, ainda se espera que o Bitcoin crie um impulso significativo no mercado. Muitas empresas financeiras e grandes bancos emitiram previsões otimistas para o BTC. Recentemente, o HashKey Group previu que o ativo poderia ultrapassar US$ 300 mil em 2025.
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