O Bitcoin – que já vem em um movimento de alta há cerca de uma semana – ultrapassou os U$$ 66 mil e a expectativa dos investidores, economistas e especialistas do mercado é que esse movimento altista continue.
Negociado com a nomenclatura BITO, o ETF ProShares Bitcoin Strategy chegou com tudo na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) e se tornou o segundo fundo mais negociado da história.
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Com uma movimentação financeira de mais de US$ 500 mil apenas no primeiro dia, a ação do ativo registrou valorização de quase 5% , valendo US$ 41,94 no dia do lançamento. Em dois dias, o preço do Fundo ETF BITO chegou a incrível marca de US$ 1 bilhão, quebrando um recorde de 18 anos, se tornando o fundo mais rápido a chegar ao primeiro bilhão de dólares.
Para o gestor de portfólio da Hashdex, João Marco Cunha:
“Após seis meses, o Bitcoin está de volta à máxima histórica. Desde abril, o movimento de preço foi dominado por eventos de natureza regulatória. O principal fator que levou a uma queda de cerca de 50% desde o topo foi o banimento da mineração na China. A indústria se ajustou com agilidade e boa parte da capacidade de mineração já foi restabelecida em outras partes do mundo. O preço do Bitcoin voltou a subir. Já em setembro, novamente a China foi responsável por uma queda nos preços ao tornar ilegais todas as atividades relacionadas a criptoativos em seu território. No final do mês, porém, as especulações sobre a possível aprovação de um ETF de Bitcoin nos EUA, alimentadas por declarações positivas do comandante da SEC, Gary Gensler, colocaram os criptoativos de volta à trajetória de valorização. Após a triunfal estreia do primeiro ETF de criptoativos dos EUA, o BITO, o mercado volta à máxima. A aprovação do ETF tem dois aspectos extremamente relevantes. O primeiro é a facilitação do acesso a investimentos em cripto para uma ampla gama de investidores americanos, bastante acostumados às bolsas de valores. O segundo e, talvez, mais relevante é a chancela do regulador do maior mercado de capitais do mundo, mostrando que os criptoativos estão em uma fase de maior maturidade como classe de ativos.”
Já o CTO da Parfin, Alex Buelau, acredita que:
“Um dos modelos mais populares de preço do bitcoin é o chamado de Stock to Flow, que previa esse nível de preço ainda esse ano por consequência do halving que aconteceu no ano passado. Esse fenômeno é quando a quantidade de bitcoin criada pelos mineradores cai pela metade, ou seja, reduziu a oferta disponível, mas ao mesmo tempo a demanda do bitcoin não para de subir.”
Primeiro ETF de Bitcoin nos EUA é positivo
A opinião sobre a abertura dos mercados após o Sinal verde da SEC , é compartilhada por praticamente todos envolvidos no mercado de criptomoedas e especialistas no ativo. Para Guilherme Quintino, da Satoshi Tango,
“De fato, essa semana foi histórica para indústria crypto. A liberação do ETF pela SEC coloca os EUA de vez no caminho da aceitação e validação das criptomoedas como uma fonte segura de investimento com base sólida baseada em um ativo que se vale de regras inquebráveis e que faz com que o processo de confiança no próprio ativo seja cada vez mais intrínseco.
Já Pedrinho Novis, sócio da Mogno Capital explica que:
“O mercado digital acelerou muito durante a pandemia. Existe um movimento que deve permanecer, não apenas em relação as criptomoedas, mas em vários outros nichos da indústria em geral . Hoje quem pode aplica, trabalha, estuda, praticamente faz tudo online e sem precisar sair de casa. Eu acredito que com a segurança da tecnologia blockchain e a regulamentação do mercado de criptoativos, os investidores têm mais uma opção de investimentos com os fundos atrelados ao Bitcoin. Quanto ao preço da criptomoeda, não sei quanto o Bitcoin pode ou não valer, mas a tecnologia envolvida é com caminho sem volta.
O analista de criptoativos da Empiricus, Andre Franco também lembra do movimento de alta do ano passado:
“O que estou sentindo é um começo de euforia; toda vez que o bitcoin passou seu ‘all time high’ (recorde de preço), ele foi além e testou máximas ainda mais fortes. Os dados ‘on chain’, que são os dados da blockchain, estão muito saudáveis. Podemos ter uma ‘pernada’ continuando nas próximas semanas. A gente vê muita possibilidade de crescimento da Bitcoin, mas mais ainda de altcoins. As possibilidades estão na mesa, tem muito ‘bull market’ pela frente. Eu já estava otimista em julho, com o mercado lateralizado, e agora estou mais ainda. Tem muita negociação no privado acontecendo, muita gente querendo entrar nesse mercado, botando mais dinheiro; o segmento reaqueceu de novo e estamos em um período muito parecido com o que foi o final de 2020.”
No fechamento desta matéria o Bitcoin estava sendo negociado a US$ 62.760.
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