Confiável

Nike e outras marcas recuam com queda nos NFTs e processos em alta

3 Min.
Por Linh Bùi
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • Grandes marcas como Nike, Starbucks e DraftKings recuam dos NFTs em meio a colapso de mercado.
  • Processos contra Nike e DraftKings destacam a incerteza regulatória e os perigos financeiros ligados a empreendimentos de NFT não regulamentados.
  • Marcas estão se voltando para ativos digitais sustentáveis e utilitários.
  • promo

Após marcas como Nike, Starbucks, DraftKings, PUMA e Reebok aderirem à febre dos NFTs, elas estão reduzindo ou abandonando completamente seus projetos.

Essa mudança levanta questões sobre a sustentabilidade dos NFTs em indústrias tradicionais e mostra os desafios de integrar ativos baseados em blockchain em estratégias de negócios de longo prazo.

O panorama do mercado de NFT

Em 2021, os NFTs explodiram com volumes de negociação em alta e endossos de celebridades. Grandes marcas rapidamente aproveitaram a oportunidade, lançando coleções para atrair consumidores antenados em tecnologia e explorar novas fontes de receita.

A Nike adquiriu a RTFKT para criar tênis virtuais, a Starbucks introduziu o programa Odyssey NFT, e a DraftKings fez parceria com a NFL Players Association (NFLPA) para o jogo Reignmakers. Da mesma forma, a PUMA e a Reebok se juntaram à tendência com seus projetos Super PUMA e NST2.

Volume de NFT. Fonte. Dune
Volume de NFT. Fonte. Dune

No entanto, a volatilidade do mercado de NFTs logo expôs suas fraquezas. Em 2024, os volumes de negociação despencaram, e muitos projetos não conseguiram entregar valor duradouro. O volume total de negociação de NFTs é muito menor agora do que no auge em 2021.

Bolha especulativa dos NFTs estoura, marcas fogem

Um caso proeminente é a Nike, que encerrou a RTFKT em dezembro de 2024, desencadeando uma ação coletiva em abril de 2025 no Brooklyn, Nova York. Liderada pelo investidor australiano Jagdeep Cheema, a ação alega que a Nike fez com que os NFTs da RTFKT caíssem de uma média de 3,5 ETH (US$ 8 mil) em 2022 para 0,009 ETH (US$ 16) em 2025.

Os demandantes afirmam que a Nike vendeu “títulos não registrados”, resultando em mais de 5 milhões de dólares em danos. Este caso destaca uma questão legal mais ampla: o status incerto dos NFTs como títulos, que continua a alimentar litígios nos EUA.

Da mesma forma, a Starbucks encerrou seu programa Odyssey NFT em março de 2024, apenas dois anos após seu lançamento. A saída da Starbucks reflete a dificuldade de integrar NFTs em experiências cotidianas dos consumidores, especialmente quando complexidades técnicas afastam usuários comuns.

A DraftKings também enfrentou controvérsias ao encerrar o Reignmakers em julho de 2024, levando a um processo de 65 milhões de dólares da NFLPA. A associação acusou a DraftKings de violar seu contrato ao se recusar a honrar compromissos de pagamento, argumentando que o mercado em queda de NFTs não era desculpa.

Enquanto isso, a PUMA e a Reebok ficaram em silêncio. O projeto Super PUMA NFT da PUMA, lançado em 2023 para comemorar seu 75º aniversário, gerou um burburinho inicial, mas não teve mais atualizações. Da mesma forma, a coleção NST2 da Reebok, criada com o rapper A$AP NAST em 2021, esgotou em minutos, mas não foi seguida por novos projetos. O silêncio de ambas as marcas sinaliza cautela à medida que a bolha especulativa dos NFTs se esvazia e o interesse dos consumidores diminui.

Por que marcas estão optando por recuar?

Vários fatores explicam esse recuo. Primeiro, o mercado ficou saturado com projetos sem valor único, fazendo com que os volumes de negociação colapsassem.

Segundo, a incerteza legal e regulatória expõe as marcas a riscos de litígios. Os processos contra a Nike e a DraftKings exemplificam os perigos de operar em um espaço regulatório indefinido.

Terceiro, problemas técnicos, como os NFTs da RTFKT falhando em exibir após a Nike desligar servidores, minaram a confiança dos consumidores e revelaram a fragilidade das plataformas centralizadas.

Finalmente, os altos custos de transação em blockchain e as críticas ambientais às redes Ethereum desencorajaram marcas e consumidores.

O recuo das grandes marcas não sinaliza a morte dos NFTs. Indica apenas uma mudança para modelos mais sustentáveis.

“A próxima onda de crescimento não é sobre seguir uma tendência—é sobre desbloquear novos tipos de propriedade e acesso que parecem nativos para a geração da internet” Alexander Salnikov, cofundador da Rarible afirmou em uma entrevista exclusiva ao BeInCrypto.

Projetos que oferecem utilidade tangível, como ativos em jogos ou programas de fidelidade com benefícios claros, têm mais chances de perdurar. As marcas também podem adotar estratégias híbridas, misturando experiências físicas e digitais para evitar as armadilhas dos NFTs puramente especulativos.

Melhores plataformas de criptomoedas
Melhores plataformas de criptomoedas
Melhores plataformas de criptomoedas

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

image-14-1.png
Lucas Espindola
Lucas estudou na FMU e acumula experiência em empresas como Quinto Andar e Vitacon. Profissional experiente em redação de conteúdo, é especializado em gestão de reputação corporativa, marketing digital edição. Como especialista em Web3 e SEO, Lucas combina estratégias digitais inovadoras com a criação de conteúdo tradicional para ajudar empresas a aumentar sua visibilidade e credibilidade em várias plataformas.
LER BIO COMPLETA
Patrocionado
Patrocionado