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NFTs de Worms são cancelados após reação negativa

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Editora britânica Team17, cancela o lançamento dos NFTs baseados na franquia de videogames Worm.
  • Jogos baseados em Ethereum, como Axie Infinity e The Sandbox recebem bilhões de dólares em negociações que envolvam os NFTs, mas as tradicionais ainda enfrentam resistências.
  • A Ubisoft foi a primeira editora de jogos a implantar os NFTs em seus jogos por meio da blockchain Tezos.
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Os NFTs do game Worms foram cancelados após as reclamações dos fãs e de outros desenvolvedores.

Virou moda uma empresa de videogames anunciar que lançará uma coleção de tokens não fungíveis (NFTs) e receber uma série de reações de seus usuários, que vão desde felicidade até xingamentos. Em alguns casos o anúncio é recebido de uma maneira tão negativa, que a empresa cancela a empreitada.

Nessa semana foi a vez da produtora britânica Team17, que divulgou a ideia de lançar NFTs baseados na franquia de videogames Worm, que agora foram enlatados.

Mudança de rumo

Não demorou muito para os usuários reclamarem da ideia, e a editora voltar atrás em seu Twitter.

Um dos representantes da editora postou:

“A Team17 está anunciando hoje o fim do projeto MetaWorms NFT. Ouvimos nossos Caminhoneiros, parceiros de desenvolvimento e comunidades de nossos jogos, e as preocupações que eles expressaram e, portanto, tomaram a decisão de se afastar do espaço da NFT.”

Coleção NFT gerou respostas negativas

A produtora britânica planejava lançar colecionáveis em NFT, que seriam inspirados na franquia Worms, de 26 anos, com vendas de 75 milhões de jogos ao longo dos anos.

A Team17 tem uma parceria com o Reality Gaming Group para lançar os colecionáveis na sidechain Ethereum da empresa, em uma plataforma de Negociações de Ativos Digitais (DAT).

Porém, após a reação negativa dos fãs de videogame, além da resistência interna por parte da Aggro Crab, um estúdio que lançou seu jogo Going Under em 2020. Eles deixaram claro de que não trabalharia mais com a editora se os planos dos NFTs continuassem.

Sobre o assunto, a Aggro Crab publicou:

“Acreditamos que os NFTs não podem ser ecologicamente corretos, ou úteis. Desnecessário dizer, não trabalharemos com eles em outros títulos e encorajaremos outros desenvolvedores indie a fazer o mesmo a menos que essa decisão seja revertida.”

Além dela, outros parceiros, como a sMG Studio e Playtonic Games também se opuseram aos NFTs.

Embora jogos baseados em Ethereum, como Axie Infinity e The Sandbox, tenham bilhões de dólares em negociações que envolvam os NFTs. O mercado NFT cresceu em 2021 e gerou um volume de US$ 23 bilhões. Porém, boa parte as empresas tradicionais de videogames enfrentam uma reação negativa em relação a eles.

Cred/Chetraruc | Pixabay

Razões das reações

Boa parte dos fãs tradicionais de videogames resistem em aceitar os NFTs, por considerá-los problemas para o meio ambiente, embora existam redes como a Solana e Tezos, que usam pouca energia.

Outros jogadores os consideram desculpas para os editores tirarem mais dinheiro dos jogos.

A Ubisoft foi a primeira editora de jogos a implantar os NFTs em seus jogos por meio da blockchain Tezos. Assim, como as outras, também encontrou críticos, mas decidiu seguir em frente e lançou a Plataforma NFT Quartz com Tom Clancy´s Ghost Recon Breakpoint.

Grandes editoras como a Square Enix e a Konami também enfrentaram reações negativas o anunciar os seus planos em relação aos NFTs. A GSC Game World cancelou a sua coleção de NFTs diante das reações.

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Priscila Gorzoni
Jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, em ciências sociais pela USP, em direito pela Universidade Mackenzie, lato sensu em Fundamentos da arte e cultura pela Unesp-SP e mestre em história pela PUC SP. Iniciei minha carreira nas revistas passando por publicações como Bons Fluidos, Nova, Cláudia, Saúde. Mundo Estranho, Superinteressante e National Geographic Brasil. Publiquei alguns livros como O Guia do Autônomo, Os animais em guerra da editora Matrix, Os mortos-vivos da...
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