O Museu de Arte do Condado de Los Angeles (Lacma) recebeu 22 obras digitais de um misterioso colecionador de NFT. Esta é, portanto, a maior coleção digital já doada.
A coleção é composta por obras de 13 artistas de todo o mundo e juntas contam uma “história representativa do movimento da criptoarte”, de acordo com o anúncio do museu divulgado na segunda-feira (13).
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As 22 obras digitais, cunhadas, em blockchain são consideradas a “primeira e maior” desse tipo a entrar em um museu de arte dos EUA. Ela leva o nome pseudônimo de seu doador, Cozomo de’ Medici que muitos acreditam se tratar do renomado rapper Snoop Dogg.
“Como um dos primeiros museus a apoiar a experimentação dos artistas com a tecnologia, é apropriado que Lacma receba esta primeira coleção de museu de arte blockchain”, disse o diretor do Lacma, Michael Govan.
A nova coleção do Lacma reflete o interesse em adquirir, exibir e conservar arte digital autenticada por NFT e seu investimento de décadas em artistas que se envolvem com a tecnologia.
O museu possui o Art + Technology Lab, que oferece financiamento e espaço para artistas que experimentam novas tecnologias. O laboratório é resultado de um programa criado em 1967.
Tecnologia é arte
O Lacma iniciou sua coleção NFT em 2021 com uma doação de John Gerrard, de um NFT de sua icônica obra Western Flag. Em 2022, aliás, o museu reiterou seu apoio à arte digital com um novo fundo de aquisição para obras de artistas mulheres, estabelecido pela herdeira e evangelista NFT Paris Hilton.
“Durante décadas, os artistas incorporaram a tecnologia em sua prática, e a interseção de arte e tecnologia tem sido fundamental para a programação do Lacma desde os anos 60”, diz o diretor do Lacma, Michael Govan.
O museu também possui obras de artistas como Tom Sachs, Erick Calderon, Jessica Wimbley e Peter Wu.
“Estou emocionado por ter essas obras on-chain historicamente significativas contextualizadas ao lado de muitas obras de arte icônicas na coleção de Lacma”, disse Cozomo de’Medici.
O Lacma não é o único museu a reconhecer, adquirir e exibir arte digital. Uma semana antes, por exemplo, o complexo cultural parisiense Centre Georges Pompidou, revelou a aquisição de 18 NFTs para sua coleção permanente.
O colecionador misterioso
A coleção leva o nome de seu doador, Cozomo de’ Medici, que na realidade é um pseudônimo e uma homenagem ao banqueiro italiano e principal patrono florentino do Renascimento Cosimo de’ Medici. Em um comunicado, ele disse estar feliz por contribuir com a união da arte on-chain com a arte contemporânea:
“Com este presente, meu objetivo era ajudar a unir os mundos da arte on-chain e da arte contemporânea, que até agora existiam separadamente”
Apesar de manter sua identidade oculta, a comunidade cripto do Twitter já conhece Cozomo de’ Medici. Ele se autodenomina o “grande patrono das artes digitais” e surgiu pela primeira vez no cenário cripto em agosto de 2021 ao construir uma coleção de NFTs estimada em mais de US$ 17 milhões.
O usuário prometeu revelar sua identidade após um mês operando anonimamente no Twitter e ganhar milhares de seguidores. No entanto, a comunidade foi surpreendida com um tuite do rapper Snoop Dogg, de sua conta oficial, reivindicando a identidade: “Eu sou @CozomoMedici.”
O engajamento de Snoop Dogg com criptomoedas e Web3, possuindo projetos de blockchain como coleções de arte NFT e sua gravadora NFT, faz muitos acreditarem que o rapper é de fato o trader NFT. Entretanto, outros se mantêm céticos em afirmar ser ele o misterioso colecionador.
Uma investigação da Vice sugere que o verdadeiro Cozomo é um homem que passou mais tempo na Itália do que o criador do Doggystyle. O Lacma, por outro lado, não comentou sobre a identidade do doador.
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