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Preço do Bitcoin reage ao primeiro aumento do CPI desde fevereiro

3 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • Os dados do CPI dos EUA mostram um aumento anual de 2,4% na inflação em maio, marcando a primeira alta do CPI desde fevereiro.
  • Bitcoin registra reação e recupera US$ 109.700.
  • A ferramenta CME FedWatch mostra quase 0% de chance de o Fed cortar as taxas de juros na reunião de junho.
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O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos subiu em maio pela primeira vez desde fevereiro, reacendendo preocupações inflacionárias. A notícia provocou uma reação imediata no mercado, com o Bitcoin se aproximando do nível de US$ 110 mil.

Além do CPI, investidores e analistas acompanham atentamente outros indicadores importantes da economia norte-americana, como os dados de emprego e o índice de preços ao produtor (PPI), previstos para divulgação na próxima sexta-feira (13).

Segundo o Bureau of Labor Statistics (BLS), o CPI registrou alta anual de 2,4% em maio, acima dos 2,3% observados em abril. É a primeira aceleração desde janeiro de 2025, sinalizando uma possível mudança na tendência da inflação.

Esta foi a primeira alta do CPI em três meses. Logo após a divulgação, o Bitcoin registrou um avanço modesto, aproximando-se de US$ 110 mil no momento desta reportagem.

Desempenho do Preço do Bitcoin
Desempenho do Preço do Bitcoin. Fonte: BeInCrypto

Expectativas já precificadas limitam reação do Bitcoin após dados do CPI

Antes da divulgação do CPI, o consenso do mercado previa um avanço de 0,2% na comparação mensal e uma aceleração para 2,5% na taxa anual.

A expectativa de alta na inflação pode explicar o movimento contido do Bitcoin, já que parte do impacto já estaria precificado pelo mercado.

“Se o CPI vier acima de 2,5%, espere uma correção, pois as chances de corte de juros pelo Fed diminuirão. Se o CPI for exatamente 2,5%, deve ocorrer uma queda inicial, mas com recuperação. Caso fique abaixo de 2,5%, o mercado pode reagir com um movimento de alta e realização, mas tende a encerrar o dia positivo. Exceto no primeiro cenário, o sentimento será otimista”, projetou o analista Cas Abbé em publicação no X (antigo Twitter).

Vários bancos esperavam que o CPI de maio mostrasse uma inflação principal moderada e uma inflação mensal próxima à mediana dos últimos 12 meses.

Previsões do CPI de maio
Previsões do CPI de maio. Fonte: Nick Timiraos em X

Enquanto isso, analistas identificam com facilidade a causa da alta do CPI em maio. Todos os indícios apontam para o impacto das tarifas comerciais impostas por Donald Trump, cujos efeitos começaram a ser sentidos na inflação de bens nos Estados Unidos.

“As expectativas são de um leve aumento em relação ao mês anterior, provavelmente impulsionado pela alta do petróleo e pela transferência de parte das tarifas aos consumidores”, afirmou o analista Daan Crypto Trades.

Com o CPI já precificado pelo mercado, a atenção dos investidores se volta para outros indicadores econômicos, como os pedidos iniciais de auxílio-desemprego e o índice de preços ao produtor (PPI), ambos programados para divulgação nesta quinta-feira (12).

Decisão do Fed e CPI devem guiar rumos da política monetária nos EUA

Além disso, o mercado volta suas atenções para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que será divulgada na próxima quarta-feira (19), após as reuniões dos dias 17 e 18 de junho. O presidente do Fed, Jerome Powell, fará um pronunciamento logo em seguida.

Apesar de o CPI ser um indicador defasado, ele segue como referência para as metas de inflação dos Estados Unidos, alinhado ao objetivo de 2% do Fed. Os dados divulgados hoje devem influenciar diretamente as discussões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) na próxima semana.

De acordo com a ferramenta CME FedWatch, há 99,9% de probabilidade de que o Federal Reserve mantenha as taxas de juros entre 4,25% e 4,50% na próxima reunião. Na prática, isso indica uma chance quase nula de corte nas taxas neste momento.

“As chances de o Fed cortar as taxas na próxima semana caíram para 0%”, comentou o perfil The Kobeissi Letter em publicação no X (antigo Twitter).

Apesar da percepção de que as tarifas implementadas por Donald Trump pressionam a inflação, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que fatores políticos não influenciam as decisões de política monetária.

Com a inflação ainda acima da meta de 2% estabelecida pelo Fed, autoridades monetárias devem manter uma postura cautelosa.

“O mercado geralmente espera que o Federal Reserve continue adotando uma abordagem de esperar para ver… os movimentos do mercado ainda serão impulsionados por eventos, com os fatores-chave sendo ajustes nas expectativas de corte de taxa de juros após a reunião do Federal Reserve e declarações de autoridades”, afirmaram analistas da Bitunix ao BeInCrypto.

Além da inflação, o mercado de trabalho também se consolida como um catalisador macroeconômico relevante para o Bitcoin. Caso a economia se mantenha estável e o mercado de trabalho continue resiliente, o Fed pode considerar flexibilizar as taxas nos próximos meses.

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Lucas Espindola
Lucas escreve sobre análises sobre as principais criptomoedas do mercado. Formado na FMU, acumula experiência em empresas como Quinto Andar e Vitacon. Profissional experiente em redação de conteúdo, é especializado em gestão de reputação corporativa, marketing digital edição. Como especialista em Web3 e SEO, Lucas combina estratégias digitais inovadoras com a criação de conteúdo tradicional para ajudar empresas a aumentar sua visibilidade e credibilidade em várias plataformas.
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