A indústria de mineração de criptomoedas tem cada vez mais se tornado um problema ambiental e de energia em vários países. Nesta segunda-feira (3), um projeto de lei foi apresentado ao Senado de Nova York, que visa proibir os grandes mineradores de desempenharem suas funções no estado por um período de três anos.
O senador democrata Kevin Parker é o criador de um projeto de lei que visa proibir a mineração de Bitcoin (BTC) e demais moedas digitais no estado de Nova York, por um prazo mínimo de três anos. O objetivo seria reduzir os danos ambientais e o alto consumo de energia na região.
Este período seria utilizado para pesquisas sobre os efeitos que a mineração tem causado na liberação de gases poluentes e impactos no consumo de eletricidade nas cidades. Após o prazo de três anos, os resultados dos estudos seriam divulgados ao público. Com isso, a população local poderia discutir se a lei deverá ser mantida ou revogada. Os próprios mineradores seriam convidados a participar da discussão, segundo consta no projeto.
Dresden e Alcoa, duas cidades do estado, têm se tornado grandes pólos de mineração nos últimos anos. Algumas grandes empresas do setor conseguiram adaptar antigas e poluentes usinas para fornecer energia à atividade.
Em entrevista ao Gizmodo, o Diretor da ONG ambiental Sierra, Roger Downs, afirma que a legislação atual dá legitimidade para os mineradores usarem as usinas que estavam inativas:
“Eles tiram vantagem disso causando intensas emissões de carbono, mas isso é permitido pelas brechas em nossos regulamentos”.
O impacto da mineração no meio ambiente
Com a grande valorização e adoção das criptomoedas nos últimos anos, a atividade de mineração destes ativos se tornou cada vez maior e mais profissional, se tornando uma indústria própria.
Grandes mineradores necessitam de cada vez mais equipamentos computacionais e de energia para conseguirem ser lucrativos neste mercado. Segundo estudo da universidade de Cambridge, somente a mineração de Bitcoin tem gerado mais consumo elétrico do que países como a Argentina e a Ucrânia.
Um dos principais problemas é que grande parte da mineração é realizada na China. A maioria das usinas do país utiliza a queima de carvão como base para gerar eletricidade, o que é mais prejudicial para o meio ambiente. Um estudo da revista Nature afirma que os mineradores chineses ainda irão gerar 130 milhões de toneladas de CO2 até 2024.
Dessa forma, questões sobre como impedir que a mineração de criptomoedas cause danos ambientais estão cada vez mais em pauta. Com isso em mente, uma startup brasileira tem desenvolvido tokens ambientais para aqueles que desejam ajudar a combater o aquecimento global.
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