O cenário parece favorável para a adoção de criptoativos no Brasil, revelou um estudo do Mercado Bitcoin (MB). Conforme a exchange, o número de usuários cripto no país pode atingir a metade da população até 2030.
A conclusão está no relatório “State of Digital Assets in Brazil”, que contêm pesquisas compiladas pelo Mercado Bitcoin. A apresentação do estudo ocorreu no Digital Assets Conference Brazil, um evento que aconteceu em São Paulo com a presença dos principais nomes do setor.
DREX vai impulsionar adoção cripto no Brasil
O Mercado Bitcoin trabalha com a expectativa de que o mercado cripto global pode atingir US$ 1 trilhão ainda em 2025. Além disso, ele cita o cenário favorável para o uso de novas tecnologias financeiras no Brasil.
O país é responsável por duas ferramentas importantes – o Pix e o DREX – o que o torna uma possível referência mundial na velocidade de adoção de ativos digitais.
O Mercado Bitcoin cita um estudo da Sherlock Communications, que aponta que 24% da população brasileira já possui algum tipo de criptoativo ou token digital — um número que era de 14% em 2023.
Por isso, o time de research do MB acredita que o número de usuários e investidores pode atingir “até mesmo metade da população brasileira, que representaria quase 120 milhões de brasileiros” em 2030. A exchange, em seguida, aponta o DREX como principal impulsionador dessa transição.
O MB também cita o Global Crypto Adoption Index 2024, uma pesquisa semelhante da empresa de análise blockchain Chainalysis. A edição mais recente do relatório indica que o Brasil é o 10º país com maior adoção de criptomoedas no mundo.
“Estamos vivendo uma mudança significativa na forma como os brasileiros lidam com o dinheiro e fazem investimentos. Esse crescimento acelerado é uma resposta à busca por alternativas financeiras mais flexíveis e acessíveis, especialmente entre os mais jovens”, afirmou o CEO do Mercado Bitcoin, Reinaldo Rabelo.
País desponta na tokenização de ativos
O Mercado Bitcoin também acredita que o Brasil pode se aproveitar do aumento do mercado de tokenização de ativos. A estimativa é que essa indústria movimente cerca de US$ 800 trilhões “a longo prazo”.
Em 2025, por exemplo, esse valor pode chegar a US$ 1 trilhão. Impulsionam essa adoção setores como imobiliário, esportivo e agronegócio.
“A tokenização abre um novo capítulo na democratização dos investimentos. Agora, qualquer pessoa pode acessar frações de ativos que antes eram restritos a grandes investidores”, acrescenta Rabelo.
Como destaques da tokenização, ele cita, por exemplo, iniciativas de Crédito Privado (US$ 9,06 bilhões), a tokenização de títulos de dívida americanos (US$ 2,26 bilhões) e stablecoins (US$ 172 bilhões).
Outro fator que pode impulsionar o Brasil no setor é o ambiente regulatório do país. O Mercado Bitcoin acredita que ele é “essencial para a consolidação do mercado de criptoativos”.
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