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Metade do Brasil vai adotar cripto até 2030, diz estudo

2 mins
Atualizado por Luís De Magalhães

EM RESUMO

  • Estudo do Mercado Bitcoin prevê que metade dos brasileiros usará cripto até 2030.
  • O DREX e o Pix são apontados como impulsionadores da adoção de cripto no Brasil.
  • A tokenização de ativos e um ambiente regulatório favorável são destaques para o crescimento do setor.
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O cenário parece favorável para a adoção de criptoativos no Brasil, revelou um estudo do Mercado Bitcoin (MB). Conforme a exchange, o número de usuários cripto no país pode atingir a metade da população até 2030.

A conclusão está no relatório “State of Digital Assets in Brazil”, que contêm pesquisas compiladas pelo Mercado Bitcoin. A apresentação do estudo ocorreu no Digital Assets Conference Brazil, um evento que aconteceu em São Paulo com a presença dos principais nomes do setor.

DREX vai impulsionar adoção cripto no Brasil

O Mercado Bitcoin trabalha com a expectativa de que o mercado cripto global pode atingir US$ 1 trilhão ainda em 2025. Além disso, ele cita o cenário favorável para o uso de novas tecnologias financeiras no Brasil.

O país é responsável por duas ferramentas importantes – o Pix e o DREX – o que o torna uma possível referência mundial na velocidade de adoção de ativos digitais.

O Mercado Bitcoin cita um estudo da Sherlock Communications, que aponta que 24% da população brasileira já possui algum tipo de criptoativo ou token digital — um número que era de 14% em 2023.

Por isso, o time de research do MB acredita que o número de usuários e investidores pode atingir “até mesmo metade da população brasileira, que representaria quase 120 milhões de brasileiros” em 2030. A exchange, em seguida, aponta o DREX como principal impulsionador dessa transição.

O MB também cita o Global Crypto Adoption Index 2024, uma pesquisa semelhante da empresa de análise blockchain Chainalysis. A edição mais recente do relatório indica que o Brasil é o 10º país com maior adoção de criptomoedas no mundo.

 “Estamos vivendo uma mudança significativa na forma como os brasileiros lidam com o dinheiro e fazem investimentos. Esse crescimento acelerado é uma resposta à busca por alternativas financeiras mais flexíveis e acessíveis, especialmente entre os mais jovens”, afirmou o CEO do Mercado Bitcoin, Reinaldo Rabelo.

País desponta na tokenização de ativos

O Mercado Bitcoin também acredita que o Brasil pode se aproveitar do aumento do mercado de tokenização de ativos. A estimativa é que essa indústria movimente cerca de US$ 800 trilhões “a longo prazo”.

Em 2025, por exemplo, esse valor pode chegar a US$ 1 trilhão. Impulsionam essa adoção setores como imobiliário, esportivo e agronegócio.

“A tokenização abre um novo capítulo na democratização dos investimentos. Agora, qualquer pessoa pode acessar frações de ativos que antes eram restritos a grandes investidores”, acrescenta Rabelo.

Como destaques da tokenização, ele cita, por exemplo, iniciativas de Crédito Privado (US$ 9,06 bilhões), a tokenização de títulos de dívida americanos (US$ 2,26 bilhões) e stablecoins (US$ 172 bilhões).

Outro fator que pode impulsionar o Brasil no setor é o ambiente regulatório do país. O Mercado Bitcoin acredita que ele é “essencial para a consolidação do mercado de criptoativos”.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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