Confiável

Meta endossa publicação de vídeo falso de Joe Biden no Facebook, da Meta

2 Min.
Atualizado por Thiago Barboza

O Conselho de Supervisão da Meta julgou que um vídeo falso que mostra o presidente dos EUA Joe Biden como pedófilo não fere as políticas de conteúdo falso do Facebook, uma rede social da Meta.

Apesar disso, o Conselho recomendou que a plataforma mude sua política para proibir esse tipo de material.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

Vídeo falso de Joe Biden continua no ar

O vídeo em questão mostra o presidente dos EUA, Joe Biden, tocando sua neta. Ele surgiu no Facebook em outubro de 2023.

Na época, o Facebook considerou que o vídeo não feria suas políticas de proteção contra deepfakes. Isso fez com que o Conselho de Supervisão da empresa analisasse a situação.

O problema do vídeo é que ele não foi criado por ferramentas de inteligência artificial e não muda as falas de Biden. Essas são dois fatores cruciais para a política da plataforma e, como não houve violação, a Meta deixou o vídeo no ar.

Ela considerou que ele “provavelmente não enganará” o ‘espectador médio”. Disse a Meta:

“O vídeo não mostra o Presidente Biden dizendo algo que ele não disse, e o vídeo não é o produto de IA ou de aprendizagem de máquinas em uma forma que funda, combine, substitua ou superponha conteúdo do vídeo (ele foi meramente editado para remover algumas porções).

Meta insatisfeita com políticas da Meta

Após meses de análise, o Conselho de Supervisão concluiu que a decisão do Facebook em manter o vídeo no ar estava certa. Entretanto, ela se mostrou insatisfeita com as políticas da rede social.

“O Conselho não vê bom senso na escolha de limitar a política de material manipulado para abranger apenas pessoas dizendo coisas que não disseram ao mesmo tempo em que exclui conteúdo mostrando pessoas fazendo coisas que elas não fizeram”, afirma.

Em seguida, o Conselho pediu que a Meta revise suas políticas, as quais chamaram de incoerentes. Ele afirma que o texto parece se preocupar mais com a forma como o conteúdo é criado do que se ele pode causar danos.

IA e política

O uso de IA para a criação de deepfakes, enquanto isso, continua crescendo e empresas do ramo querem limitar seu uso durante o período eleitoral. A OpenAI, por exemplo, se antecipou às eleições americanas de 2024 para proibir o uso de suas ferramentas para a criação de conteúdo com capacidade de enganar o público.

Mas o estrago já está feito e outros usos de deepfakes mostram como essa tecnologia pode ser usada. Há uma semana, usuários do Twitter (X) inundaram o microblog com deepfakes da cantora Taylor Swift.

A resposta das equipes de curadoria da plataforma foi célere e conseguiu remover o post original mais de 12 horas depois de ele ser publicado.

Melhores plataformas de criptomoedas
Melhores plataformas de criptomoedas
Melhores plataformas de criptomoedas

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

Julia.png
Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
LER BIO COMPLETA
Patrocionado
Patrocionado