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Mercado cripto perdeu mais de US$ 1 bilhão com hacks em 2023

3 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

A empresa de segurança Blockchain SlowMist estima que o mercado cripto perdeu mais de US$ 1 bilhão nos 10 maiores hacks de 2023

Já hacks envolvendo entidades ligadas ao fundador da Tron, Justin Sun, perderam mais de 20% dos fundos, por mais que empresas de segurança corram para enfrentar as ameaças à Solana.

Hacks cripto podem ocorrer por causa de gambiarra

Um exploit da rede Heco e uma violação na Poloniex causaram perdas de cerca de US$ 243 milhões.

O hack com a maior perda foi o da Mixin, uma organização descentralizada de gerenciamento de ativos digitais. A Mixin sofreu uma violação na nuvem que custou aos clientes cerca de US$ 200 milhões. A organização providenciou para compensar 50% das perdas.

O segundo maior hack roubou US$ 197 milhões do protocolo de empréstimos financeiros descentralizados Euler Finance.

Em seguida, a Poloniex sofreu a terceira maior perda, de US$ 130 milhões. A Poloniex é uma exchange de criptomoedas comprada pelo polêmico empresário Justin Sun.

Um relatório de 2022 do Verge alegou que o código de softwares da Poloniex consistia em “gambiarras”.

Mercado sofre com hacks

A AllianceBlock sofreu um hack em seu protocolo de empréstimo BonqDAO em fevereiro de 2023. O invasor conseguiu roubar o token nativo ALBT da organização por meio de uma falha de contrato inteligente.

Em seguida, ele fugiu com estimados US$ 120 milhões, embora o fundador e diretor de tecnologia da empresa, Matthijs de Vries, conteste esses números.

A HTX, antiga Huobi, e sua blockchain Heco foram hackeados em novembro por US$ 113 milhões. Justin Sun, que não revelou nenhuma função oficial na exchange além de “conselheiro”, foi implicado na injeção de liquidez em um produto de staking baseado em Tether (USDT), o HTX, lançado no mesmo ano.

Em junho de 2023, os usuários da Atomic Wallet sofreram uma violação de dados que afetou menos de 1% dos usuários. Em seguida, a Orbit Chain, um protocolo cross-chain que liga múltiplas redes, foi atacado, perdendo seus usuários cerca de US$ 82 bilhões.

No entanto, o hack que possivelmente mais abalou as finanças descentralizadas em 2023 foi uma violação de US$ 74 milhões da Curve Finance.

A exchange de criptomoedas CoinEx sofreu um ataque que custou US$ 70 milhões em mais de uma blockchain. Em julho, os usuários do Alphapho, um serviço de carteira, perderam US$ 60 milhões que se acredita terem sido movimentados entre redes.

O ataque pode ter sido obra do Lazarus Group da Coreia do Norte.

Hacks da Solana em alta

O relatório do desenvolvedor da Solana revelou que a rede reteve mais de 50% dos desenvolvedores em 2023. O relatório implicava que os desenvolvedores Ethereum deveriam passar por um intenso treinamento para trabalhar na blockchain.

No entanto, o crescimento da rede atraiu golpes sofisticados. Há pouco tempo, hackers tentaram persuadir os usuários do Solana a assinar transações emulando as respostas de carteiras genuínas.

Em resposta, a empresa de proteção contra fraudes da Web3 BlockAid incentivou os desenvolvedores a cooperar com eles para ajudar os usuários a permanecerem seguros.

Há pouco tempo, o YouTube retirou um deepfake do cofundador da blockchain, Anatoly Yakovenko, que oferecia brindes. O vídeo usou o recente boom da inteligência artificial (IA) para enganar os usuários.

Um representante da Fundação Solana, Austin Federa, disse que este tipo de golpe está proliferando. A voz de Yakovenko era monótona no vídeo, o que poderia dar uma pista aos investidores.

“Recentemente, houve um aumento substancial de deepfakes e outros conteúdos gerados por IA”, disse.

No entanto, estes golpes ainda são difíceis de combater, pois exploram as mesmas táticas usadas por outros esquemas de FOMO. Também vale a pena verificar as contas oficiais das redes sociais em busca de sinais de informações semelhantes.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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