A exchange Mercado Bitcoin e a Stellar (XLM) trabalharão em conjunto para a criação de uma stablecoin pareada ao real, em projeto que pode ajudar o Banco Central do Brasil a desenvolver o real digital.
Conforme anúncio feito na terça-feira (23), a Stellar Foudation, organização responsável pelo XLM, foi a blockchain escolhida pelo Mercado Bitcoin para dar seguimento ao seu projeto no Lift Challeng Real Digital.
Lançado pelo Bacen, o programa foi criado para buscar soluções e casos de uso para uma moeda digital de banco central (CBDC) brasileira. Basicamente, as empresas participantes devem buscar criar o melhor “produto mínimo viável (MVP) ” de CBDC, que pode ser usado pela autarquia como base para o desenvolvimento do real digital.
Maior exchange do país e primeira empresa do mercado cripto a atingir o status de unicórnio na América Latina, o Mercado Bitcoin conta com a concorrência de pesos pesados no Lift Challeng Real Digital. Visa, Microsoft, Itaú, Santander e Aave (AAVE) também estão buscando soluções para a futura moeda digital brasileira.
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Stellar tem o que o Bacen precisa, segundo o Mercado Bitcoin
Criada em 2014 por Jed McCaleb, cofundador da Ripple, a Stellar tem tido sucesso no mundo cripto ao apresentar uma rede que facilita o envio de remessas internacionais de forma rápida e barata.
No ano passado, a Stellar Foudation firmou parceria com o governo da Ucrânia para a criação de um CBDC. Dessa forma, o Mercado Bitcoin acredita que a blockchain do projeto é a ideal para criar um bom MVP em relação ao real digital.
Conforme destacado por Reinaldo Rabelo. CEO da exchange:
“Estamos em um consórcio de empresas que tem estrutura e ambição para construir soluções robustas para o mercado financeiro por meio da tecnologia blockchain. A utilização da rede Stellar nos permitirá entregar um caso completo para avaliação pelo Banco Central.”
CBDC a caminho?
Apesar de ainda não estar definido qual o melhor caminho para a criação e lançamento do seu CBDC, o Bacen tem como clara a necessidade de digitalizar a moeda do país.
Após dizer que o CBDC brasileiro poderia demorar até três anos para ser criado, Roberto Campos Neto, presidente da instituição, comentou que um projeto piloto possui grandes chances de ser lançado já em 2022. No entanto, esse lançamento seria feito através de um projeto piloto, e não diretamente para a população em geral.
O presidente da autarquia ainda garantiu que o real digital será precificado com base no STR (Sistema de Transferência de Reservas), e que poderá contar com recursos de finanças descentralizadas (DeFi). Apesar disso, ele será centralizado pelo governo brasileiro, que controlará sua oferta e emissão.
Por fim, o Banco Central do Brasil acredita que o futuro CBDC possa coexistir com outras criptomoedas descentralizadas, não sendo algo que elimine a utilização de ativos cripto. Nesse sentido, a instituição será a fiscalizadora de toda essa indústria, segundo o marco regulatório de criptomoedas que deve ser aprovado em breve na Câmara dos Deputados.
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