A 2TM Group, holding do Mercado Bitcoin, decidiu encerrar as negociações de venda da exchange com a Coinbase, segundo a Bloomberg.
As negociações, que começaram no final do ano passado e estavam avançadas, foram divulgadas na mídia no final março, apesar de ambas as empresas não quererem comentar o assunto. Maior exchange dos Estados Unidos, a Coinbase pretendia expandir sua atuação e base de clientes no Brasil ao adquirir o Mercado Bitcoin, maior corretora de criptomoedas do país.
Foi revelado que o acordo estava sendo assessorado pelo banco JP Morgan Chase, à pedidos da própria 2TM Group. No entanto, as instituições não entraram num acordo e o negócio não deve ser realizado, segundo informações divulgadas pela Bloomberg nesta quarta-feira (4).
Por que os negócios esfriaram?
Apesar de dizer que “pessoas familiarizadas com o assunto” haviam afirmado o fim das negociações, a Bloomberg não revelou os motivos para o seu encerramento.
Até o momento, tanto a Coinbase como o Mercado Bitcoin não se manifestaram sobre o assunto, que poderia gerar uma das maiores da história do mercado brasileiro. Estimativas já colocavam a venda da exchange brasileira na casa dos R$ 13 bilhões, valor quase duas vezes maior do investido pelo Itaú Unibanco para adquirir parte da XP Investimentos.
O que se sabe é que a Coinbase tinha o desejo de ter a participação majoritária da 2TM, mas se contentaria com uma participação minoritária na empresa. Também é conhecido do público que a holding do Mercado Bitcoin havia levantado no final do ano passado US$ 50 milhões em investimentos para iniciar seu próprio plano de expansão na América Latina e em outras regiões.
Após receber esse aporte, a empresa adquiriu uma participação majoritária na exchange CriptoLoja, sediada em Portugal. Anteriormente, em julho de 2021, a 2TM captou US$ 200 mihões do Softbank, se tornando a primeira empresa cripto da América Latina a alcançar o status de unicórnio – valor de mercado acima de R$ 1 bilhão.
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Coinbase ainda focada no mercado brasileiro
Apesar do acordo não ir para frente, tudo leva a crer que a Coinbase não desistirá do mercado brasileiro. No final de abril, a empresa contratou Fábio Tonetto Plein, ex-executivo do Uber e PicPay, para chefiar seus planos de expansão no país.
Brian Armstrong, CEO da empresa, afirmou recentemente que o número de usuários no mundo cripto deve chegar a 1 bilhão na próxima década, com a Coinbase tendo forte desejo de oferecer serviços para boa parte deste público.
Além das negociações com a 2TM, a empresa tem passado os últimos meses negociando a compra da BtcTurk, uma das maiores exchanges da Turquia, por um valor que pode ultrapassar os US$ 3 bilhões. A companhia ainda lançou a fase beta do seu marketplace NFT, visando expandir sua atuação para este segmento.
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