A equipe de Research do Mercado Bitcoin fez algumas previsões para o ecossistema cripto. Entre elas, está que a cotação do Bitcoin ultrapassará os US$ 70 mil em outubro deste ano.
Os analistas André Franco e Rony Szuster analisaram fatos que aconteceram no mercado cripto em anos anteriores e as expectativas em ações como, por exemplo, a possível aprovação do ETF Spot de Bitcoin pela SEC. O evento – que ainda nem aconteceu – já tem impactado o mercado financeiro tradicional e cripto.
As 10 Teses Cripto do Mercado Bitcoin para 2024
Aprovação do primeiro ETF à vista de Bitcoin é o primeiro grande marco do ano e o Bitcoin poderá ultrapassar os US$ 70 mil em outubro, diz o MB.
Regulação, depuração do mercado após acordo da Binance com o Departamento de Justiça dos EUA e o halving do Bitcoin são alguns dos assuntos que darão o norte para o mercado.
O aspecto negativo do estudo é que o sucesso inevitavelmente atrai indivíduos mal-intencionados. Em função disso, é previsto um aumento nos incidentes de hacking ao longo de 2024.
“Em 2024, veremos uma combinação de elementos positivos que raramente acontece nos mercados. No caso do Bitcoin, teremos a soma de aumento na demanda, com os ETFs à vista e com queda na oferta por causa do halving. É difícil ir contra a lei de oferta e demanda. O mesmo fenômeno deve se repetir com o Ethereum, já que é uma questão de tempo para o mercado criar um ETF à vista de ETH e que a criptomoeda continuará se tornando mais escassa por causa do Merge de setembro de 2022 e do aumento do uso da rede em 2024”, explica o head do Research do Mercado Bitcoin, André Franco.
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Então, vamos lá às 10 teses:
1. Fluxo entre US$ 10 bi e US$ 20 bi para BTC com aprovação de ETF à vista
O mercado operou em 2023 na expectativa da aprovação do ETF à vista, que deve sair em janeiro de 2024 ou, no mais tardar, no mês de março. A entrada de players como a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo com US$ 14 trilhões sob administração, pode elevar o fluxo para bitcoin em algo entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões nas primeiras 4 semanas após a aprovação, calcula a equipe de pesquisas do Mercado Bitcoin.
2. ETF à vista de ETH
A aprovação do ETF à vista de BTC deve estimular o mercado a criar instrumentos semelhantes para outros ativos digitais. O ETH é o candidato provável. Aliás, em novembro de 2023, a BlackRock anunciou o interesse em lançar um ETF à vista de ETH na Nasdaq. Pelos cálculos do MB, até julho de 2024 poderemos ter a aprovação desse instrumento. O aumento na demanda poderá levar a uma valorização do ETH de 32,3% em 2024, segundo a equipe de pesquisas do MB.
Esse impacto positivo se estenderia até pelo menos 2026, com uma alta acumulada até lá de 82,7%, apenas devido a inauguração desse instrumento de investimento.
3. Halving do Bitcoin
A equipe do Mercado Bitcoin avaliou o comportamento de preços do BTC nos últimos dois ciclos de halving e identificaram que a criptomoeda quebrou seus recordes anteriores de preço num intervalo entre 6 e 7 meses depois do corte da recompensa do minerador. Com isso, o BTC pode superar os US$ 70 mil até outubro de 2024.
4. Escassez do ETH
Sobre oferta e demanda, os analistas da plataforma, acreditam que quando o Merge chegar aos seus 500 dias de vida este ano, poderá se avaliar melhor a oferta da criptomoeda. De certo mesmo, é que o Ethereum “continuará sendo o maior detentor de TVL (Total Value Locked) do mercado”.
“Para ter uma ideia, hoje 9,4% de toda a oferta de ETH está em aplicações de rede”.
5. Atividade nas Layers 2 de Ethereum
Um pouco mais sobre o TVL (Total Value Locked). Os rollups de Ethereum, que foram bastante ativos em 2023, devem se estender ao longo de 2024 com mais força ainda. Os analistas do MB acreditam que o valor bloqueado em 2024 pode mais do que dobrar, passando de US$ 14,5 bilhões em novembro de 2023 para US$ 33,6 bilhões no próximo ano, levando em consideração uma cotação média de US$ 3.500 para o ether.
6. Depuração do mercado
No ano passado, vimos os reguladores e a justiça, sobretudo nos Estados Unidos, endurecer o discurso e tomar medidas efetivas contra os ‘maus atores’ do mundo cripto. Em novembro de 2023, o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, foi considerado culpado das sete acusações. SBF ainda pode ser sentenciado a 100 anos de prisão. A Binance e o seu fundador, Changpeng Zhao, admitiram a culpa por crimes como facilitação de lavagem de dinheiro e aceitaram pagar uma multa de US$ 4,3 bilhões.
Essa depuração tende a estimular a entrada de investidores institucionais em 2024, diz a equipe de pesquisas do Mercado Bitcoin.
7. Regulação brasileira
O Marco Legal Cripto deve ser colocado totalmente de pé em 2024 pelo Banco Central, que mantém um diálogo estreito com as associações e empresas do setor. Com isso, o MB vê um aumento da segurança para as empresas atuarem no Brasil, país onde ativos digitais são um assunto bastante popular.
8. Ascensão dos jogos web3
A indústria dos jogos uma das mais rentáveis do mundo (hoje é maior do que as indústrias de cinema e entretenimento juntas) não poderia ficar de fora. Com um mega potencial de rentabilidade, o MB diz que ” os US$ 6 bilhões investidos a partir de 2020 renderão possivelmente os primeiros frutos em 2024″. Jogos cripto AAA levam entre 3 e 5 anos para serem desenvolvidos. Assim, em 2024, “teremos pela primeira vez um representante do setor atingindo o patamar de US$ 10 bilhões em receita”.
9. RWA (Real World Assets ou Ativos do Mundo Real )
A equipe do MB estima que a capitalização de RWAs atinja US$ 6 bilhões até o fim de 2024, o que equivale a uma alta de 300%. Como lembram os analistas, a tokenização de ativos reais, fungíveis e/ou não, é um mercado praticamente infinito, por permitir o fracionamento de bens que eram inacessíveis até então a investidores não qualificados. Ou seja a economia tokenizada ficará cada vez mais popular.
O MB avalia que esse mercado ganhe maior tração, “com destaque para 2027 e 2028”, à medida que a regulação ficar mais clara, atraindo assim investidores institucionais.
10. Aumento dos Hacks e Exploits
A esperada valorização dos criptoativos em 2024 também deve fazer atiçar ainda mais a cobiça de gigantes que não dormem nunca: os hackers.
A análise do Mercado Biticoin prevê que 2024 pode bater 2022, “quando tivemos um recorde de US$ 3,8 bilhões em hacks envolvendo criptoativos. A cifra pode chegar a US$ 4 bilhões neste ano, com uma média de 22 ataques por mês.”
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