Com uma valorização aproximada de 460% nos últimos sete dias, a criptomoeda alternativa Dogecoin (DOGE) vive um de seus melhores momentos até agora.
Um dos motivos que levaram a este crescimento é a facilidade de uso, segundo o engenheiro da IBM e criador da DOGE, Billy Markus. “Há vários motivos que levariam alguém a comprar [a Dogecoin] e ela praticamente já virou mainstream a esse ponto”, explica, em entrevista dada ao Business Insider na quinta-feira (15).
“Ela é um dos ativos mais voláteis em que é possível fazer apostas nesse momento e as pessoas têm vários motivos para fazer essa aposta, o que está sendo refletido no mercado”.
Normalmente cotada a US$ 0,06, a DOGE começou a valorizar na terça-feira (13), quando rompeu a barreira de US$ 0,10, segundo o agregador Coingecko. Na quinta-feira (15), após um tuíte do CEO da Tesla, Elon Musk, a Dogecoin disparou, passando de US$ 0,13 a um pico de US$ 0,39 em menos de 24 horas.
A variação foi suficiente para tornar alguns investidores milionários. Um deles postou no Reddit que seu investimento inicial, feito no final de janeiro, havia rendido 1000% desde então.
No Brasil, a procura foi tão grande que a exchange NovaDAX sofreu instabilidade em seus serviços.
Em sua origem, por sua vez, a Dogecoin não ambicionava nada além de ser uma paródia do ainda infante mundo das criptomoedas.
Naquela época, em 2013, lembra Markus, o Bitcoin ainda era uma novidade para muitos e reinava absoluto no mercado cripto. Com o tempo, novas moedas foram surgindo, mas elas não passavam de cópias sem qualquer novidade.
“Eu descobri que existia um grande mercado com novas criptomoedas surgindo todos os dias – às vezes em questão de horas – todas almejando valerem zilhões e conquistarem a galáxia. Eu pensei que isso era tolice e também que, já que tantas novas estavam surgindo, não deveria ser difícil criar uma.”
A inspiração da Dogecoin veio diretamente do mundo dos memes. O Doge estava na moda e era um de seus favoritos. Por acaso, o domínio dogecoin.com havia sido registrado pelo desenvolvedor Jack Palmer, da Adobe. Os dois entraram em contato e se tornaram fundadores da criptomoeda.
“Nosso objetivo inicial era fazer uma paródia daquelas criptomoedas clone que se levavam a sério e tentavam parecer diferentes de todas as outras, mas continuavam parecendo iguais. A Dogecoin era outra moeda clone, mas ela não se levava a sério e era apenas a Dogecoin.”
Um dos diferenciais da Dogecoin é que ela não possui limite de moedas, ao contrário de outras criptos como o Bitcoin. Isso significa que é fácil para um usuário novo aprender a minerar e também que o valor dela se mantém baixo, facilitando a aquisição.
Para Markus, a procura por criptomoedas ocorre porque as pessoas não entendem a tecnologia direito e têm medo de ficar para trás. “O mercado está tentando descobrir o valor intrínseco das criptomoedas nos últimos doze anos e ainda não sabe qual ele é”, acredita.
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