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Memecoins têm 2022 turbulento, mas conseguem manter relevância no mercado

5 mins
Atualizado por Chris Goldenbaum

EM RESUMO

  • Memecoins acompanharam o restante do mercado durante o inverno cripto.
  • Apesar das fortes quedas de preço, ativos mostraram que não são uma moda passageira.
  • Dogecoin e Shiba Inu tentaram se desvincular do adjetivo meme em 2022.
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Apesar de sofrerem fortes quedas de preço em 2022, as memecoins conseguiram aumentar seus casos de uso e manter sua relevância durante o inverno cripto.

As memecoins foram um dos setores mais relevantes do mercado cripto em 2021, estando constantemente nos noticiários e sendo apoiadas por diversas celebridades. Durante o auge da indústria, Dogecoin (DOGE) e Shiba Inu (SHIB) chegaram a ter uma capitalização somada de mais de US$ 120 bilhões, com outras moedas meme menores conseguindo grandes feitos.

Todavia, o inverno cripto chegou, não deixando as memecoins impunes. Constantes quedas de preço fizeram o valor de mercado somado da DOGE e SHIB ser de aproximadamente US$ 14 bilhões no fechamento desta matéria, o que representa uma queda de 90% em relação a sua máxima.

No entanto, nem tudo foi negativo. Além de conseguirem se manter entre os 20 maiores projetos cripto em valor de mercado, ambas as moedas conseguiram expandir sua adoção e apresentarem diversas melhorias em seus ecossistemas. Dessa forma, vale a pena relembrar os principais destaques envolvendo o setor de memecoins deste ano.

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Baby Doge Coin começa o ano a pleno vapor

Curiosamente, o primeiro protagonista entre as memecoins em 2022 não foi a Dogecoin ou Shiba Inu, mas sim a Baby Doge Coin (BABYDOGE). O ativo se aproveitou da euforia em torno das “moedas bebês” e viu seu preço realizar grandes saltos no início do ano.

Com isso, o token chegou a superar a SHIB em número de detentores, se tornando o ativo mais negociado pelas baleias da rede Ethereum (ETH). Porém, a euforia durou pouco, com a BABYDOGE acumulando no restante do ano uma desvalorização de 85% em relação a sua máxima histórica registrada em 16 de janeiro.

Sem apresentar grandes saltos de preço ou evoluções após nos meses seguintes, o projeto perdeu relevância no mercado, não estando nem entre as 150 maiores criptomoedas em capitalização atualmente, segundo o CoinGecko.

Memecoins tentam ser mais do que memes

Apesar de não começarem o ano em alta como a BABYDOGE, Dogecoin e Shiba Inu não demoraram para apresentar novidades. Em 2022, os dois projetos tentaram se desvincular do adjetivo meme, mostrando que suas redes poderiam ter melhorias e novos casos de uso.

A Dogecoin Foundation anunciou planos de migrar a sua rede para o método de consenso de prova de participação (PoS), contando com o apoio de Vitalik Buterin para isso. Sua rede ainda realizou testes com a Starlink e conseguiu concluir sua primeira transação cripto offline. Em junho, sua blockchain passou por uma grande atualização, o que fez Mark Cuban dizer que a rede DOGE tinha mais potencial de aplicações do que a Cardano.

Em paralelo, a Shiba Inu também apostou em novas atualizações para fugir do rótulo meme. Sua equipe ainda expandiu o ecossistema em torno da moeda, lançando novos tokens e uma stablecoin.

Outro foco dos desenvolvedores foi o metaverso, com a Shiba Inu passando a ter um ambiente virtual próprio. 2022 também foi marcado pelo lançamento do Shiba Eternity, jogo que chegou a ficar entre os 20 aplicativos mais baixados da App Store.  

Elon Musk continua influenciando a DOGE

Maior responsável pelo boom que a Dogecoin teve em 2021, Elon Musk continuou apoiando a criptomoeda este ano. O bilionário chegou a dizer que a DOGE possui mais potencial do que o Bitcoin para atuar como uma moeda, além de explicar o porquê de apoiar o ativo.

De fato, praticamente todos os saltos de preço que a DOGE realizou em meio ao inverno cripto atual tiveram relação com o empresário. Como exemplo, podem ser citadas as fortes valorizações que o token teve após Musk o aceitar como forma de pagamento em suas empresas.

Por falar em empresas do bilionário, a aquisição do Twitter fez a Dogecoin dobrar de preço. Muitos acreditavam que o homem mais rico do mundo faria a memecoin ser aceita para pagamentos na rede social, algo que Musk defendia bem antes de se tornar o dono da companhia.

No entanto, o suporte a DOGE não se concretizou até o momento, para a tristeza de sua comunidade. As declarações do empresário, que afirmou que deixaria o cargo de CEO do Twitter, ainda fizeram o preço do token cair no final deste ano.

Shiba Inu ‘on fire’

Não tendo um grande apoiador como Elon Musk para impulsionar o seu preço, a Shiba Inu apostou em outra alternativa para se manter em alta: a queima de tokens.

Dados do Shibburn mostram que mais de 410 trilhões de SHIB já foram queimados. De fato, o preço da moeda reagiu nas ocasiões em que a queima era intensificada. No entanto, o evento que mais impulsionou a Shiba Inu este ano foi a sua listagem no Robinhood – algo que a sua comunidade pedia e fazia campanhas há meses.

Resumo 2022: preços caem, mas adoção aumenta

Apesar de apresentarem melhorias e novidades durante o ano, as memecoins sucumbiram ao ciclo de baixa que assolou todo o mercado de criptomoedas em 2022. No fechamento da matéria, a DOGE era negociada a US$ 0,06, acumulando uma queda de 60% no ano. Já a SHIB desvalorizou 75% neste período, segundo o TradingView.

Apesar disso, ambas as moedas conseguiram se manter entre os maiores ativos cripto, mostrando que seus projetos não são uma moda passageira. Isso se deve a adoção que os tokens conseguiram este ano. Dogecoin e Shiba Inu foram aderidas em diversos casos de uso, como pagamentos em salas de cinema, caixas eletrônicos e até mesmo doações para a Ucrânia.

Um político chegou a propor que a DOGE se tornasse uma moeda legalizada na Califórnia, enquanto salários puderam ser recebidos em SHIB através de um gateway. Além disso, boa parte de suas comunidades permaneceram fiéis e geraram mais visibilidade para os seus projetos nas redes sociais.

O que esperar em 2023?

Até que o mercado cripto consiga sair do seu ciclo atual de baixa, dificilmente grandes saltos de preço serão vistos nas memecoins. No entanto, alguns eventos podem fazer esses ativos terem ainda mais destaque no próximo ano. Em relação a Dogecoin, um possível suporte do Twitter pode alavancar a criptomoeda. Já a Shiba Inu aposta no lançamento do Shibarium.

Numa perspectiva mais de longo prazo, o mais importante é que ambos os tokens consigam se manter entre as principais criptomoedas do mercado. Dessa forma, eles podem ser beneficiados quando um novo ciclo de alta se iniciar. Alguns analistas projetam que as memecoins podem ter fortes valorizações até 2025.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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