O Ministério da Educação e Cultura (MEC) vai permitir que as Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) ofereçam um curso tecnológico à distância focado em blockchain.
Com isso, o MEC reconhece a existência de uma demanda por conhecimento específico nessa área. Também é possível ver isso ao se observar o crescimento da adoção de criptomoedas do país.
MEC autoriza curso de criptomoedas e blockchain
Conforme a FMU, sediada em São Paulo, um dos objetivos do curso é “formar profissionais aptos a trabalhar com programação, matemática, criptografia, análise de risco, construção de blockchain e criptomoedas e ainda inteligência artificial, mineração de dados e Data Science”.
Ele também abrange conhecimentos relacionados às áreas de “Criptomoedas, Segurança Cibernética, Protocolos, Gerenciamento de dados e desenvolvimento de aplicações e cenários reais do Blockchain”.
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A aprovação do curso ocorreu na portaria nº 372 do MEC, publicada na quarta-feira (7). O texto autorizou outros 32 cursos, mas nenhum deles é específico sobre blockchain.
O curso vai oferecer 200 vagas e terá cinco semestres de duração. As disciplinas incluem, por exemplo, princípios de criptomoedas e mineração, algoritmos de consenso, programação de smart contracts e Blockchain as a service.
Adoção de criptomoedas cresce no Brasil
A aprovação do curso embasa o crescimento do mercado de criptomoedas em geral no Brasil. Dados da empresa de análise Triple A, por exemplo, reforçam o país como o maior em adoção na América Latina.
Ela aponta que, entre 2022 e 2023, a adoção do país cresceu de 7,8% para 17,4%. Isso equivale a um acréscimo de cerca de 38 milhões de pessoas no setor.
Além disso, também é possível perceber um aumento no entusiasmo do mercado tradicional. O investimento de empresas de finanças tradicionais (TradFi) no setor é cada vez maior, o que pode-se perceber, por exemplo, com o lançamento de um ETF de Solana à vista pela QR Asset.
Por fim, o próprio governo do Brasil estuda o tema com seriedade. O Banco Central já começou o desenvolvimento de sua própria moeda digital do banco central (CDBC), o DREX. A tecnologia chamou a atenção de diversas empresas interessadas em participar dos testes da criptomoeda.
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