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Lula regulamenta lei de reciprocidade como retaliação à Trump

2 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • O governo regulamentou a lei de reciprocidade econômica, sancionada em abril, como reação as tarifas de 50% imposta por Trump.
  • O decreto cria comitê ministerial, com participação de empresário, para adotar contramedidas comerciais contra países estrangeiros.
  • Donald Trump impõe tarifas como forma de interferir na política interna brasileira.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamenta a lei de reciprocidade econômica, sancionada em abril deste ano. A medida abre caminho para respostas do Brasil a ações unilaterais de outros países, como a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O texto foi publicado no Diário Oficial da União hoje (15).

A regulamentação define instrumentos legais para que o governo adote medidas contrárias quando empresas nacionais forem prejudicadas por barreiras comerciais externas. Além disso, o decreto cria um comitê composto pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), das Relações Exteriores (MRE), da Fazenda e da Casa Civil.

Qualquer um dos 11 ministérios que integram a Câmara de Comércio Exterior (Camex) poderá acionar o comitê em casos de retaliações. Ao mesmo tempo, o governo permitirá que empresários participem do comitê, e o grupo poderá aplicar diretamente medidas urgentes, enquanto a Camex deverá aprovar as sanções definitivas.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também lidera o MDIC, vai coordenar as tratativas com o setor privado. As reuniões com representantes empresariais começam nesta terça-feira (15).

O que é a lei de reciprocidade usada para barrar as tarifas de Donald Trump?

A lei de reciprocidade econômica permite ao Brasil responder a sanções comerciais que afetem sua competitividade. As ações previstas incluem:

  • Imposição de tarifas, taxas adicionais ou restrições sobre importações de bens e serviços;
  • Suspensão de concessões comerciais ou de investimentos;
  • Suspensão de compromissos relativos a direitos de propriedade intelectual.

As contramedidas devem buscar limitar o impacto sobre a atividade econômica e reduzir custos administrativos.

Entre os dias 7 e 12 de julho, Trump anunciou uma série de tarifas sobre produtos de mais de 20 países. No dia 9, ele comunicou a adoção de uma taxa de 50% sobre produtos importados do Brasil. A medida deve entrar em vigor em 1º de agosto, se não houver acordo comercial com os Estados Unidos.

Em mensagem divulgada na rede Truth Social, Trump justificou a tarifa como reação ao suposto tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, Donald Trump acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de censurar redes sociais dos EUA e limitar a liberdade de expressão.

Porém, o futuro das tensões comerciais ainda é incerto, já que Trump ameaçou impor novas tarifas caso o Brasil responda com medidas equivalentes à taxação de 50%. A expectativa é que o Brasil quebre patentes de remédios de farmacêuticas norte-americanas e imponha tarifas em bens imateriais, como propriedade intelectual.

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Renan Honorato
Jornalista por paixão, exerce a profissão com seriedade. Cobre temas relacionados à economia criativa, Web 3.0 e geopolítica. Trabalhou na redação do Meio & Mensagem e colabora para o UOL. Almeja um mestrado em relações internacionais na USP, além de atuar como parceiro da Oboré na comunicação da Praça Memorial Vladimir Herzog. Sugestões de pauta são sempre bem-vindas.
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