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Token endossado por Milei tem relação com MELANIA

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Atualizado por Luís De Magalhães

EM RESUMO

  • Analistas de blockchain descobriram ligações entre o memecoin LIBRA e outros projetos de criptomoeda, incluindo MELANIA.
  • Investigadores descobriram que o market maker da LIBRA supostamente controlava múltiplos tokens seguindo um padrão de pump-and-dump.
  • Enquanto isso, KIP Protocol e Kelsier negam irregularidades, mas a controvérsia alimentou acusações de má conduta financeira no setor.
  • promo

Analistas de blockchain descobriram ligações entre a memecoin $LIBRA, promovida recentemente por Javier Milei, e outros projetos cripto questionáveis, incluindo o token oficial de Melania Trump.

Essas descobertas aumentaram as preocupações sobre o token especialmente após o endosso do presidente da Argentina.

Conexões suspeitas entre LIBRA e MELANIA

No dia 16 de fevereiro, Chaofan Shou, cofundador da Fuzzland, alegou que o formador de mercado da LIBRA opera em Delhi e também esteve envolvido na memecoin MELANIA.

Shou compartilhou dados de carteiras sugerindo que a mesma entidade controlava ambos os projetos, alimentando suspeitas de atividades internas coordenadas. Ele também vinculou a equipe da LIBRA a tokens como Enron e OGME, que seguiram um padrão semelhante de manipulação de preços.

Conexão da memecoin LIBRA com outros projetos de cripto.
Conexão da LIBRA com outros projetos de cripto. Fonte: X/Chaofan Shou

Esses projetos experimentaram aumentos rápidos de preço impulsionados por negociações internas e bots automatizados, seguidos por vendas repentinas que deixaram investidores de varejo com prejuízos. Esse padrão se assemelha a esquemas de pump-and-dump projetados para explorar traders.

O token MELANIA, lançado pouco antes da inauguração do segundo mandato de Donald Trump, subiu brevemente para um valor de mercado de US$ 2 bilhões antes de cair para menos de US$ 200 milhões.

A memecoin endossada por Javier Milei seguiu trajetória semelhante. Após receber apoio público do presidente Milei, o token registrou aumento nos investimentos. No entanto, insiders supostamente retiraram US$ 110 milhões logo depois, levando ao colapso.

Após a queda, Milei se distanciou do projeto, desencadeando acusações de manipulação de mercado. Alguns críticos até pediram seu impeachment, citando o incidente como um escândalo financeiro e político.

Insiders de LIBRA rejeitam acusações de fraude

Apesar da controvérsia, a KIP Protocol, uma entidade ligada à LIBRA, negou qualquer irregularidade.

Julian Peh, CEO da KIP, afirmou que todos os fundos permanecem on-chain e contabilizados. Ele também esclareceu que a KIP não teve papel no lançamento do token, atribuindo a responsabilidade à Kelsier, o formador de mercado do projeto.

A KIP enfrentou muito FUD hoje, incluindo ameaças a mim e minha equipe, mas não estávamos envolvidos no lançamento, não lidamos com nenhum token ou SOL. A KIP reconheceu publicamente seu papel no projeto (embora não na emissão do token) porque já estávamos listados no site e acreditávamos no potencial da iniciativa, disse, a KIP.

Enquanto isso, Hayden Davis da Kelsier culpou o presidente Milei e equipe pelas perdas dos investidores. Ele argumentou que investimentos em memecoin dependem fortemente de confiança e endossos.

Quando a equipe de Milei deletou suas postagens promocionais em relação à memecoin, ocorreu uma venda em pânico, levando a uma queda acentuada no mercado.

No entanto, ele afirmou que a equipe ainda acredita no projeto e planeja reinvestir US$ 100 milhões nele. Assim, em vez de transferir os ativos para os associados do presidente Milei ou para a KIP, a Kelsier planeja reinvestir os fundos na LIBRA e queimar todos os tokens adquiridos.

Estou propondo reinvestir 100% dos fundos sob meu controle, até US$ 100 milhões, de volta no Libra Token e queimar todo o suprimento comprado. A menos que uma alternativa mais viável seja apresentada, pretendo começar o processo de execução deste plano nas próximas 48 horas, afirmou Davis.

A controvérsia da LIBRA destaca os riscos associados a memecoins especulativas, especialmente aquelas ligadas a figuras de alto perfil. Enquanto insiders insistem que o projeto continua viável, investigadores continuam a examinar suas conexões com possíveis manipulações de mercado.

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Aline Fernandes atua há 20 anos como jornalista. Especializada nas editorias de economia, agronegócio e internacional trabalha na BeINCrypto como editora do site brasileiro. Já passou por diversas redações e emissoras do país, incluindo canais setorizados como Globo News, Bloomberg News, Canal Rural, Canal do Boi, SBT, Record e Rádio Estadão/ESPM. Atuou também como correspondente internacional em Nova York e foi setorista de economia dentro do pregão da BM&F Bovespa, hoje B3...
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