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Lei MiCA será o padrão do mundo para a regulamentação cripto?

3 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • O parlamento europeu aprovou a lei de regulamentação dos Mercados de Criptoativos (MiCA).
  • Muitas plataformas cripto receberam a notícia como um sinal de que a UE está liderando o caminho na regulamentação do setor.
  • Mas o MiCA se tornará o padrão global?
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A lei de Regulamentação dos Mercados de Criptoativos (MiCA) da União Europeia (EU) pode se tornar um padrão global.

Agora aprovada pelo Parlamento Europeu, a MiCA afetará as exchanges de criptomoedas centralizadas que fazem negócios no bloco. Além disso, ela também poderia moldar a regulamentação cripto em outros lugares.

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Definindo a Agenda Regulatória

As regulamentações aprovadas pela UE podem ter consequências globais, uma vez que o bloco comercial representa uma das maiores economias do mundo,. Da privacidade de dados ao formato das leis antitruste contemporâneas, aonde a UE vai, outras legislações tendem a seguir.

Do ponto de vista das empresas, a União Europeia frequentemente exige padrões mais elevados do que outros países. E por ser um mercado tão grande, as regras aplicadas na UE podem definir o padrão global para grandes multinacionais.

Afinal, por que se esforçar para acomodar os regulamentos da UE apenas para definir diferentes padrões de conformidade em outros lugares?

Antes da MiCA, a regulamentação cripto na UE dependia de legislação pré-existente contra lavagem de dinheiro (AML). E quando se trata de legislação AML, cumprir as regras da UE é fundamental para seus parceiros comerciais.

No Reino Unido, por exemplo, as regras AML permaneceram relativamente alinhadas com a UE desde o Brexit. Nessa frente, reguladores em toda a Europa compartilham objetivos semelhantes.

Obviamente, o Reino Unido não optou por uma estrutura dedicada no estilo MiCA para a regulamentação cripto. Mas, nos princípios fundamentais, as duas jurisdições permanecem sincronizadas.

Tanto a UE quanto o Reino Unido adotaram uma abordagem que trata o setor como uma extensão da indústria de serviços financeiros mais ampla.

Exchanges enfrentam a Europa após Lei MiCA

Após uma reunião com o secretário econômico do Reino Unido. Andrew Griffith esta semana, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, tuitou em apoio à abordagem britânica. Ele disse que o país “está avançando rapidamente na regulamentação criptográfica sensata”.

Ao mesmo tempo, a Coinbase publicou recentemente uma postagem descrevendo recomendações sobre como o Reino Unido pode se tornar um “Centro de inovação da Web3”.

Em outro post, a plataforma chamou a aprovação da lei MiCA de “um momento crucial para as criptomoedas na região”. Em seguida ela acrescentou que o trabalho dos formuladores de políticas europeus deve ser considerado um exemplo para outros.

Sentimentos semelhantes também podem ser encontrados na resposta de outras exchanges.

O chefe de operações europeias da Kraken, Mark Jennings, disse que a MiCA pode se tornar em breve “um padrão universal para proteção do cliente e eficiência comercial”.

Enquanto isso, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, disse, no Twitter, o que o regulamento representa em geral:

“Uma solução pragmática para os desafios que enfrentamos coletivamente”.

EUA ficando para trás na regulamentação

A mudança de foco da Coinbase em todo o Atlântico destaca a falta de clareza regulatória nos EUA. Isso ameaça impedir o crescimento dos negócios cripto por lá.

Na sexta-feira, Armstrong esteve em Washington em reunião com a Comissão de Valores Mobiliários do país (SEC). Lá, ele disse que a Coinbase está pressionando por um livro de regras claro para o setor cripto.

“Os EUA não podem se dar ao luxo de ficar para trás nessa importante tecnologia”, enfatizou, acrescentando que os reguladores devem definir políticas antes de aplicá-las.

Com as empresas cada vez mais exasperadas com o fracasso das autoridades dos EUA em oferecer um caminho a seguir, o investimento em cripto está se voltando para a Ásia.

Por fim, no dia 10 de abril, a plataforma de negociação cripto Bitget anunciou um fundo de risco de US$ 100 milhões para a região. Da mesma forma, em março, a empresa de investimentos ProDigital Futures de Hong Kong anunciou planos de investir US$ 100 milhões em startups asiáticas com foco em cripto.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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