Antes mesmo do Bitcoin ser famoso no mercado, uma pirâmide financeira devastou a vida de milhares de investidores brasileiros. Conhecida como Telexfree, o negócio que ficou eternizado como uma das maiores fraudes financeiras do país, teve mais um desdobramento recente sobre o caso.
A justiça determinou a soltura de dois homens que são apontados como os donos da TelexFree. Segundo publicação do G1, os empresários foram detidos pelas autoridades na última terça-feira (17). No entanto, em apenas dois dias Carlos Costa e Carlos Wanzele conseguiram deixar a prisão.
Empresários foram presos no Espírito Santo
Os empresários donos da TelexFree foram detidos pelas autoridades no início da semana. Naquele dia, 15 policiais federais participaram da operação que teve como finalidade encontrar os suspeitos acusados de crimes como a “lavagem de dinheiro” e o envolvimento com esquema de “pirâmide financeira”. Contudo, o motivo da prisão dos empresários pode estar ligado a compra de imóveis em nome de “laranjas”. A denúncia apura que casas em nome de terceiros poderiam ser dos empresários detidos por participação no esquema que surgiu antes do Bitcoin ficar famoso no Brasil. A investigação ainda mostra que os homens foram detidos em residências que ficam em Vitória e Vila Velha. Tudo indica que os empresários ocultaram bens para que a justiça não encontrasse o dinheiro. Os imóveis apontados pela investigação podem ser fruto de investimentos de clientes que confiaram na TelexFree. Com a saída da prisão de Carlos Costa e Wanzeler, os dois deverão responder em liberdade sobre as suspeitas de ocultação de bens.Pirâmide financeira fez sucesso antes do Bitcoin
O nome do Bitcoin é usado em vão em inúmeros crimes conhecidos como pirâmide financeira. Como a criptomoeda é volátil e ainda não mereceu a devida atenção, muitos golpes usam o Bitcoin para enganar investidores desavisados. No caso da Telexfree, a empresa teve suas atividades encerradas ainda em 2014. Naquele ano poucas pessoas imaginavam que o Bitcoin atingiria quase US$ 20 mil. Em cinco anos atrás os golpes envolvendo criptomoedas eram menores. A Telexfree prometia lucros através da venda de produtos relacionados a telefonia via internet (VoIP). Acusada de criar um esquema ponzi, com características semelhantes a pirâmide financeira, a Telexfree teve sua falência decretada em outubro de 2019. De acordo com o pedido de falência, o esquema deve R$ 2,5 bilhões aos milhares de clientes da plataforma. A TelexFree é considerada a primeira “pirâmide financeira” de enorme impacto no Brasil em um passado recente. Por incrível que pareça, depois dela outros esquemas viriam a enganar ainda mais investidores que acreditam na promessa de lucro fácil. Não demorou muito para que estes esquemas começassem a utilizar o Bitcoin como “desculpa” para conseguir tanto dinheiro. E 2019 é prova imaterial de como desde a TelexFree casos de pirâmides financeiras explodem no mercado financeiro. Somente neste ano dois negócios de peso tiveram líderes presos, como a Indeal e a Unick. Até então, a promessa era sempre a mesma: lucro inimaginável mediante supostos investimentos em Bitcoin. Conhece alguém que perdeu dinheiro na TelexFree? Comente sobre a soltura dos empresários pela justiça e compartilhe esta notícia no Facebook.Isenção de responsabilidade
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Paulo José
Jornalista apaixonado pelo universo das criptomoedas e seu enorme impacto na sociedade. Conheceu o Bitcoin em 2013 sem saber que a criptomoeda tomaria conta de sua vida anos mais tarde. Já trabalhou em outros portais de notícias sobre criptomoedas, sendo que atualmente é um dos colaboradores do BeInCrypto.
Jornalista apaixonado pelo universo das criptomoedas e seu enorme impacto na sociedade. Conheceu o Bitcoin em 2013 sem saber que a criptomoeda tomaria conta de sua vida anos mais tarde. Já trabalhou em outros portais de notícias sobre criptomoedas, sendo que atualmente é um dos colaboradores do BeInCrypto.
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