O juiz britânico James Mellor congelou US$ 7,6 milhões em bens de Craig Wright, a figura controversa que alegou ser Satoshi Nakamoto, o pseudônimo criador do Bitcoin.
A decisão surge após uma acalorada batalha legal com a COPA (Crypto Open Patent Alliance). A entidade contestou a afirmação de que Wright seria o criador da moeda digital.
Justiça congela bens de falso Satoshi Nakamoto
A decisão do tribunal se baseou nas evidências que surgiram durante o julgamento. Elas levaram à conclusão do juiz Mellor de que Wright não era, de fato, o criador do Bitcoin.
Ela ocorreu como parte de uma ação de direitos autorais e direitos de banco de dados que Wright e duas de suas empresas iniciaram contra desenvolvedores. Assim, ela complica ainda mais os emaranhados legais de Wright.
“O Dr. Wright tem um histórico de inadimplência em relação a ordens de pagamento de dinheiro. A COPA tem uma reivindicação muito poderosa para receber uma quantia muito substancial em custos. Considero que há um risco muito real de dissipação”, escreveu o juiz Mellor.
Além disso, as ações de Wright após o julgamento motivaram o congelamento de bens, formalmente conhecido como ordem de congelamento mundial (WFO). Ele tentou transferir ações de sua empresa, a RCJBR Holding plc, para a DeMorgan PTE. A Justiça viu a ação como uma tentativa de evitar as consequências financeiras de sua derrota.
Além disso, as medidas proativas da COPA levaram à solicitação urgente da WFO, demonstrando a determinação da aliança em garantir a prestação de contas.
“Tendo analisado cuidadosamente os argumentos de custos da COPA e tentando antecipar os pontos que poderiam ser apresentados em resposta em nome do Dr. Wright, concluí que a quantia apropriada para a WFO era a soma de [US$ 7,6 milhões]”, escreveu o juiz Mellor.
A decisão afeta os ativos financeiros de Craig Wright e estabelece um precedente para lidar legalmente com reivindicações de direitos autorais e de identidade relacionadas à tecnologia de criptomoeda.
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