A Justiça determinou o arresto de uma jazida de esmeraldas e de uma mansão da G44 Brasil.
A empresa, que afirma investir em criptomoedas e em mineração de pedras preciosas, é suspeita de prática de pirâmide financeira, segundo o MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e de Territórios).
A decisão, publicada no Diário Oficial de Justiça do Distrito Federal (DF) na sexta-feira (18), foi proferida dentro de um processo movido por 13 investidores. Conforme os autos do processo, eles investiram cerca de R$ 700 mil na empresa.
O bloqueio, ainda de acordo com a decisão, também afeta os sócios do negócio. São eles: Saleem Ahmed Zaheer, Joselita de Brito de Escobar, Mohamed Hassan Jomaa e Marco Antônio Valadares Moreira.
“O arresto deve ser estendido a todos os requeridos, diante de fortes indícios da participação no suposto esquema de pirâmide financeira tanto dos sócios pessoas físicas quanto das pessoas jurídicas listadas no pólo passivo”, disse, na decisão, o juiz Cleber de Andrade Pinto.
Jazida da G44 está no interior de Goiás e mansão em região nobre do DF
A jazida de esmeraldas da empresa está sobre um imóvel localizado em uma área de 39 mil metros quadrados em Campos Verdes (GO). O município, que tem cerca de 5 mil habitantes, fica a 300 quilômetros de Goiânia. Já a mansão está no Setor de Mansões Park Way do DF. A região é uma das mais caras da capital federal. Os imóveis da vizinhança, de acordo com a ferramenta de busca Viva Real, custam a partir de R$ 1 milhão.Qual a história da G44?
A G44 Brasil, com sede no Distrito Federal, foi fundada em 2017 pelo empresário Saleem Ahmed Zaheer, que se identifica também como “trader profissional do mercado financeiro”. No site institucional, a empresa diz investir em criptomoedas e em pedras preciosas. De acordo com a Justiça e os processos dos investidores, os responsáveis pelo negócio prometiam supostos rendimentos diários de 0,55% em cima de investimentos. Desde o final do ano passado, no entanto, a G44 Brasil deixou de pagar os clientes. Por causa dsso, a empresa responde a centenas de processos judiciais na Justiça. Além das ações individuais, a empresa também responde a um processo administrativo sancionador aberto pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Em junho deste ano, a autarquia multou a empresa e os sócios do negócio em R$ 750 mil. O motivo da penalidade, conforme decisão divulgada na época, foi a “oferta irregular de valores mobiliários”.Isenção de responsabilidade
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Lucas Gabriel Marins
Jornalista desde 2010. Já colaborei para diversos veículos, como Gazeta do Povo, Agência Estadual de Notícias (AEN) e Paraná Portal. Escrevo regularmente para o UOL e para outros portais especializados em criptoeconomia. Tive meu primeiro contato com o mercado de criptomoedas em meados de 2019, quando comecei a cobrir casos de golpes financeiros. No BeInCrypto, produzo e edito textos.
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