Jogo brasileiro ‘Aurora’ foi premiado com criptomoedas no Game for Change e será apresentado em Nova York no ano que vem.
Desenvolvido pela brasileira Camila Bothona, o jogo ‘Aurora’ narra, através de um criança, a tragédia ambiental que aconteceu em Cubatão (SP). Em 1984, a Vila Socó foi acometida por um incêndio de grandes proporções que causou a morte de 506 habitantes do vilarejo.
Escolhido como jogo vencedor do Game for Change da América Latina, Camila leva ‘Aurora’ para representar o Brasil na versão global do evento que acontece em julho de 2021 em Nova York nos EUA.
Conforme o presidente do G4C da América Latina, Gilson Schwartz, ‘Aurora’ une arte e tecnologia para contar uma tragédia de profundo impacto social. À Folha de S. Paulo, ele declarou:
“É um exemplo claro de projeto que propõe mudança de consciência por parte do jogador, alerta para os impactos ambientais da indústria. E tudo isso com uma arte primorosa.”
O grande destaque deste ano do evento que aconteceu de forma totalmente online pela primeira vez, foi a distribuição de prêmios através de criptomoedas.
Além da viagem paga para Nova York, a criadora de ‘Aurora’ também foi premiada com Moedas da Paz. A criptomoeda japonesa foi criada com o objetivo social democratizar o uso de dinheiro através da tecnologia blockchain.
Além da Moeda da Paz, o evento também distribuiu prêmios aos participantes com a criptomoeda brasileira WiBX.
Transformação através dos games
A oitava edição do Game for Change promoveu diversas palestras e oficinas durante todos os dias da semana passada. O foco do festival aqui no Brasil foi promover iniciativas de empreendedorismo transformador no uso de games, mídias imersivas e modelos inovadores na economia criativa.
Não foi apenas ‘Aurora’ que foi premiada no final do evento. Em segundo lugar ficou ‘Locall’, jogo desenvolvido por Klauss Roedel e que foca em técnicas de colaboração e para o desenvolvimento de comunidades.
Já em terceiro lugar está o game de Luiz Gustavo dos Santos Lima, chamado ‘IST – Informação sem Tabu’. O jogo analógico foi desenvolvido para aproximar crianças e adolescentes de temas sensíveis no campo da educação sexual.
Dessa maneira, o G4G incentiva a criação de jogos como principal vetor da mobilização de crianças e jovens para a mudança social, conforme aponta Schwartz:
“Mais do que uma simples ‘gameficação’, as propostas adotam a perspectiva de ‘game ativação’, ou seja, ativação e iniciativas que colaborem para a transformação de consciências, comportamentos individuais e viabilização de redes colaborativas.”
Museu do Ipiranga no Game For Change
Um destaque da edição deste ano do Game For Change foi a colaboração com o Museu do Ipiranga. Os participantes do evento foram convidados a criar jogos que enaltecem a história rica do museu no país.
Para celebrar os 200 anos de existência do museu, o evento selecionou jogos que serão desenvolvidos com o apoio da instituição. As melhores propostas receberam, cada uma, um prêmio de R$ 2 mil.
Os games selecionados foram “Sombras da Verdade” de Caio dos Santos Barbosa, “Mistérios da Independência” de Marina Jötten, e por fim, “Retrato Falado” de Lucas Magon Santos.
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